Olimpíadas: Jogadores britânicos de rúgbi se ajoelham antes de decisão do bronze
Gesto de protesto contra desigualdade, popularizado por Colin Kaepernick, na NFL, tem sido repetido por atletas e equipes, principalmente no futebol feminino
A seleção masculina de rúgbi da Grã-Bretanha se ajoelhou em protesto antes da partida contra a Argentina nas Olimpíadas de 2020, nesta quarta-feira (28), na decisão da medalha de bronze da categoria – conquistada pelos argentinos.
Muitos atletas têm feito o mesmo gesto nas Olimpíadas, incluindo vários times de futebol feminino. Embora não seja contra as regras se ajoelhar, a iniciativa dá o tom da competição.
Já se passaram quase cinco anos desde que o ex-jogador da NFL Colin Kaepernick se ajoelhou antes do hino dos EUA para protestar contra a desigualdade racial.
Desde então – e especialmente após a morte de George Floyd sob custódia policial em maio de 2020 – atletas de todo o mundo têm feito o gesto em solidariedade ao movimento de justiça social e contra a opressão dos negros.
Atualmente, a Regra 50 do Comitê Olímpico Internacional (COI) proíbe os atletas de protestar em locais olímpicos. Em julho, o órgão fez uma alteração à regra, permitindo que os atletas expressem suas opiniões em zonas mistas, coletivas de imprensa e durante entrevistas, bem como antes do início da competição.
No entanto, mais de 150 atletas, organizações esportivas, especialistas em direitos humanos e justiça social assinaram uma carta aberta pedindo ao COI que permita aos atletas o “direito humano fundamental” de protestar, inclusive no pódio.
“Acreditamos que a comunidade esportiva global está em um ponto de inflexão em questões de justiça racial e social e pedimos a vocês, como líderes dos Movimentos Olímpicos e Paraolímpicos, um compromisso mais forte com os direitos humanos, raciais / justiça social e inclusão social”, dizia a carta.
(Texto traduzido; leia o original em inglês)