Olimpíadas 2020 dia #4: Empate no futebol feminino; Zanetti na final nas argolas
O 3x3 entre Brasil e Holanda deixa a seleção comandada por Marta perto da classificação; Zanetti busca sua terceira medalha olímpica nas argolas
O Brasil alternou bons e maus momentos no quarto dia das Olimpíadas de Tóquio e, mesmo sem a vitória, a seleção de futebol feminina fez um grande jogo contra a Holanda, atual vice-campeã mundial.
O Brasil se exibiu de forma madura e organizada na manhã deste sábado (24), em Miyagi. Mais do que os gols brasileiros marcados por Debinha, Marta e Ludmila, a forma como o Brasil jogou deixa espaço para o otimismo da torcida com o time de Pia Sundhage. O time brasileiro mostrou poder de reação, repertório ofensivo e ainda viu boas atuações de quem veio do banco de reservas.
O Brasil está empatado com a Holanda na liderança do grupo, mas com 2 gols a menos de saldo. Brasileiras e holandesas estarão nas quartas de final, mas decidirão só na terça (27) em que parte do chaveamento. Quem ficar em 1º, enfrenta Estados Unidos, Suécia ou Austrália. Quem ficar em 2º pega Japão, Canadá ou Grã-Bretanha.
As primeiras medalhas em Tóquio
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Boas e más notícias na ginástica
O Brasil confirmou presença em três finais na ginástica. Arthur Zanetti confirmou sua presença na terceira final olímpica consecutiva nas argolas. Agora o experiente ginasta tenta aumentar seu quadro pessoal de medalhas, que já conta com o ouro conquistado em Londres, em 2012, e a prata que ganhou no Rio, em 2016.
O jovem Caio Souza, em sua primeira participação em Olimpíadas, também garantiu lugar na decisão, no salto da ginástica artística. E, na final individual geral, Diogo Soares representará o Brasil.
A notícia triste foi Arthur Nory, credenciado ao pódio na barra fixa pelas recentes conquistas no Mundial de 2019 e pelo bronze olímpico no Rio, em 2016, ficar fora da final na barra fixa. Por equipes, o Brasil não conseguiu passar.
As finais da argola e do salto da ginástica artística estão marcadas para a manhã de 2 de agosto; a decisão do individual geral será no dia 28.
Melhor tempo da vida
O nadador brasileiro Felipe Lima, de 36 anos, fez o melhor tempo de sua carreira no 100m peito da nadação. Com o tempo de 59s17, ele passou para a semifinal com o oitavo tempo das eliminatórias. Na madrugada de amanhã ele tenta uma vaga na final.
Foi uma prova que eu estava batalhando muito para fazer meu melhor tempo, a gente trinou mito pra fazer o melhor resultado nessa hora, e fiz meu melhor tempo. Amanhã na semi será outra prova, sei que tô preparado e quero estar entre os 8 na final aos 36 anos de idade
Felipe Lima, na zona mista, após se classificar para a semifinal nos 100m peito
Ginástica: fim de um reinado e decepção brasileira
O reinado do japonês Kohei Uchimura, bicampeão olímpico e detentor de outras cinco medalhas, teve um fim abrupto na final de aparelhos. Competindo em casa, o veterano caiu no chão durante a apresentação. Eliminado, Uchimura afirmou que não pretende ir a outra edição das Olimpíadas.
Fim do sonho na esgrima e no tiro esportivo
O Brasil começou o quarto dia de competições cotado para duas medalhas, mas terminou, infelizmente, sem nenhuma. A campeã mundial Nathalie Moellhausen perdeu logo no primeiro combate da disputa da espada. Apesar do favoritismo ao pódio, o retrospecto contra a italiana Rossella Flamingo pesava contra Nathalie. Agora são cinco vitórias de Rossella em seis duelos entre as duas. Felipe Wu, medalha de prata nas Olimpíadas do Rio há cinco anos, desta vez ficou longe dos melhores do mundo na categoria pistola de ar de 10m, no tiro esportivo. Ele não passou da fase inicial da competição.
Penso em Paris, não gostei dessa derrota. Com certeza tenho muita vontade de expressar todo o trabalho gigante que eu fiz durante esse ano. Estava me sentindo super bem e cortar agora é uma pena
Nathalie Moellhausen, esgrimista na categoria espada
Grande vitória das mulheres no tênis
As brasileiras Laura Pigossi e Luisa Stefani superaram no início do torneio de tênis a dupla cabeça de chave número 7 do torneio olímpico, as canadenses Gabriela Dabrowski e Sharon Fichman. Elas fizeram 7/6 e 6/4 e avançaram para as oitavas de final.
Já no torneio individual masculino o brasileiro Thiago Monteiro parou logo na estreia, diante do alemão Jan-Lennard Struff. A vitória do europeu foi também por 2 sets a 0, 6/3 e 6/4.
O outro tenista brasileiro, João Menezes, fez um jogo intenso e vendeu caro sua derrota para o croata Marin Cilic, experiente e com uma vitória em Grand Slam (o US Open de 2014) na carreira. A vitória por 2 sets a 1 veio no tie break veio em mais de 3 horas de partida.
Vôlei não decepciona
Ainda que com sustos nos dois primeiros sets, a seleção masculina bateu a Tunísia por 3 a 0. O jogo marcou o retorno do técnico Renan Dal Zotto a uma competição oficial. Ele havia ficado de fora das finais da Liga das Nações, vencida pela seleção, por causa de um longo tratamento para se recuperar da Covid-19.
Na areia, Brasil 2 x 0 Argentina
As primeiras duplas brasileiras a pisar nas areias de Tóquio confirmaram o favoritismo contra rivais da Argentina. Ághata e Duda, que depois admitiram um certo nervosismo no primeiro set, ganharam por 2 a 0. Mesmo placar de Alison e Álvaro, que também largaram bem enfrentando os vizinhos.
Ághata e Duda são candidatas ao pódio, inclusive projetando uma medalha de ouro – Ághata, aliás, foi prata no Rio-2016. Já Alison e Álvaro não estão atualmente entre os mais cotados para serem campeões, mas estão no bolo de cima, principalmente considerando o respeito que Alison tem na modalidade após ser prata em Londres e ouro no Rio de Janeiro.
Judô: começo fulminante, final precoce
O primeiro dia do judô em Tóquio começou empolgante para o Brasil. Quem teve o privilégio de fazer a primeira luta dos Jogos foi a Gabriela Chibana, que venceu a estreia pela categoria até 48kg por um ippon que saiu em poucos segundos. Mas na sequência a tabela foi cruel, e ela encontrou a número 1 do mundo. Deu Distria Krasniqi, do Kosovo.
Eric Takabatake, na categoria até 60kg, também parou na segunda luta, ficando fora até da repescagem. Ele caiu para o número 9 do mundo, Won Jin Jim, da Coreia do Sul.
Por falar em judô…
A Federação Internacional de Judô decidiu suspender o argelino Fethi Nourine e seu técnico, Amar Benikhlef, porque o atleta desistiu de participar das Olimpíadas de Tóquio para não enfrentar o israelense Tohar Butbul.
O judoca alegou questões políticas para tomar a decisão e foi criticado pela federação da modalidade, que disse ter uma “política rígida de não discriminação”.
Handebol leva virada
A seleção masculina de handebol do Brasil até começou bem em sua estreia nos Jogos de Tóquio, mas pareceu faltar fôlego. Após ir ao intervalo em vantagem, levou a virada logo no começo do segundo tempo e perdeu para a Noruega por 27 a 24.