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    Marcinho, do América-MG, é condenado por morte de casal no Rio de Janeiro

    Lateral dirigia sob efeito de álcool quando atropelou e matou duas pessoas, em dezembro de 2020, na capital fluminense

    Lucas Sanchesda Itatiaia

    O lateral Marcinho, recentemente contratado pelo América-MG, foi condenado a três anos e seis meses de prisão em regime aberto pelo atropelamento que matou um casal de professores na Zona Oeste do Rio de Janeiro, em dezembro de 2020.

    A sentença foi proferida nesta terça-feira (18) pelo Tribunal de Justiça do Estado (TJRJ) e aponta ainda que Marcinho teve a habilitação suspensa pelo mesmo período.

    “Como o crime foi considerado culposo e inferior a pena de quatro anos, entre outros requisitos atendidos pelo artigo 44 do Código Penal, o magistrado substituiu a pena privativa de liberdade por duas penas restritivas de direitos, consistentes em prestação de serviços a entidades a serem especificadas pela Vara de Execuções Penais”, diz o comunicado.

    Marcinho está com o América-MG em Buenos Aires, onde o clube encara o Defensa y Justicia nesta quarta-feira, às 21h, pela Copa Sul-Americana. O jogador treinou normalmente.

    Direção imprudente e sob efeito de álcool

    Segundo o TJRJ, o jogador de 26 anos guiava o veículo “de forma imprudente, em zigue-zague”, com velocidade entre 86 km/h e 110 km/h — a velocidade máxima permitida no trecho do acidente é de 70 km/h.

    Ainda conforme a denúncia, Marcinho esteve em um restaurante antes do atropelamento e teria consumido bebida alcoólica — ao menos cinco tulipas de chope.

    “Na sentença, o magistrado destacou que a imprudência do acusado restou plenamente comprovada, não só pela prova oral produzida, mas também através da prova técnica e pericial”, destacou o TJ.

    Dirigente do América defendeu jogador

    Na época do acidente, Marcinho jogava pelo Botafogo, mas não continuou no Rio para a temporada 2022. Após deixar o alvinegro carioca, ele jogou pelo Athletico-PR e Bahia (emprestado pelo Pafos, do Chipre) antes de voltar ao Brasil para ser anunciado pelo América.

    O histórico do jogador, inclusive, motivou campanhas contrárias à chegada dele na torcida do América. O presidente do Coelho, Marcos Salum, defendeu o lateral na entrevista de apresentação.

    “Sobre as reações (da torcida), temos que respeitar, mas o América tem uma opinião diferente. O atleta cometeu um ato, que está pagando. Ele recebeu seus processos. Foi um erro, e quem não errou na vida? Onde está a grande virtude? Em julgar sem ser juiz ou em dar a oportunidade para os jogadores jogarem aqui?”, questionou.

    A reportagem entrou em contato com a assessoria de comunicação do América e aguarda posicionamento sobre a decisão.

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