França, Jamaica e Panamá: conheça as adversárias do Brasil na Copa do Mundo Feminina
França, Jamaica e Panamá compõem, ao lado do Brasil, o grupo F do Mundial
Pela primeira vez na história, a Copa do Mundo Feminina terá 32 seleções disputando o título, oito a mais do que na última edição, em 2019. O torneio começa no dia 20 de julho e vai até 20 de agosto.
O Brasil caiu no grupo F, ao lado de França, Jamaica e Panamá. As seleções brasileira e francesa se enfrentaram na última Copa, nas oitavas de final, quando as europeias eliminaram a equipe do então técnico Vadão com a vitória por 2 a 1.
A Seleção Brasileira também enfrentou as jamaicanas no Mundial de 2019, mas na fase de grupos — triunfo de Marta e companhia por 3 a 0.
O Panamá é o único do grupo que faz sua estreia em Copas do Mundo Femininas.
De acordo com o chaveamento, a equipe que passar em segundo do grupo F pega a primeira colocada do grupo H — que tem um dos times favoritos ao título: a Alemanha. Portanto, a primeira colocação do grupo será muito valorizada.
Confira mais detalhes das adversárias brasileiras
FRANÇA
A craque: Wendie Renard (zagueira)
Ao lado da maior artilheira da seleção francesa, Eugénie Le Sommer, a zagueira Wendie Renard vai disputar sua quarta Copa do Mundo defendendo a camisa azul.
A jogadora de 1,87m esteve presente também na Alemanha em 2011 — quando a França teve seu melhor resultado em Copas, chegando na semifinal —, no Canadá em 2015 e também quando foi anfitriã da competição, em 2019.
A defensora de 32 anos é a sétima maior artilheira da seleção, com 34 gols. Renard defende o Olympique de Lyonnais-FRA e tem 32 títulos como profissional (15 Campeonatos Franceses, 9 Copas da França e 8 Champions Legue), faltando apenas levantar um caneco pela equipe nacional.
Técnico: Hervé Renard
Hervé Renard assumiu a seleção francesa em março deste ano, a apenas quatro meses da Copa do Mundo. Sua chegada veio para apaziguar os ânimos após um período conturbado, com jogadoras e a então treinadora Corinne Diacre em rota de colisão, e começou uma preparação acelerada para o Mundial.
O técnico francês esteve à frente da equipe da Arábia Saudita na Copa do Mundo Masculina, que aconteceu no Catar em 2022 — venceu a Argentina na estreia, por 2 a 1, mas não passou da fase de grupos.
O treinador gosta da disposição tática 4-3-3. Foi assim que ele armou os sauditas na Copa e deve ser esse o esquema padrão para a equipe francesa, como pôde ser visto nos jogos contra Colômbia e Canadá.
Melhor campanha em Copas: semifinal em 2011
Esta será a quinta participação da França em Copas do Mundo Femininas. A primeira participação foi em 2003, nos Estados Unidos, quando as francesas não conseguiram passar da fase de grupos — o Brasil também era do grupo das estreantes.
Em 2007, a seleção não conseguiu a classificação e ficou fora do Mundial. Na Copa sediada na Alemanha, em 2011, a França conseguiu seu melhor resultado: a quarta colocação. Depois de perder para as norte-americanas por 3 a 1 na semifinal, veio uma nova derrota na disputa pelo 3º e 4º lugares, contra a Suécia, por 2 a 1.
Em 2015, no Canadá, a França chegou às quartas e perdeu o embate nos pênaltis contra a Alemanha, depois de 1 a 1 no tempo normal. E em 2019, a seleção francesa voltou a ser derrotada nas quartas de final da Copa do Mundo, desta vez para os Estados Unidos.
JAMAICA
A craque: Khadija Shaw (atacante)
Jogadora do Manchester City-ING, Khadija Shaw é o grande destaque da seleção jamaicana. Isso porque o desenvolvimento do futebol no país passou muito pelos pés dela e um bom desempenho na Oceania pode fazer desta a melhor Copa da história da Jamaica.
A atacante de 26 anos vai para sua segunda Copa do Mundo, com 20 jogos disputados pela seleção e 14 gols marcados. Pelo Manchester City, marcou 31 gols na temporada somando todas as competições.
Técnico: Lorne Donaldson
O técnico já é um velho conhecido da Seleção Jamaicana. Com passagens anteriores pela equipe, no ano passado ele foi contratado novamente para assumir o cargo. As jamaicanas terminaram o Campeonato Feminino da Concacaf em terceiro lugar e, consequentemente, garantiram uma vaga no Mundial.
É um treinador que gosta de variar o esquema tático, com o uso das formações 4-3-3, 4-2-3-1 e 4-4-2, mas com um aproveitamento de apenas quatro vitórias e oito derrotas nos últimos 12 jogos.
Melhor campanha em Copas: fase de grupos em 2019
Depois de ver a seleção principal ser dissolvida em 2010 por não conseguir a classificação para importantes competições mundiais, em 2014 as jamaicanas voltaram a receber investimento e se tornaram as primeiras representantes do Caribe em Copas do Mundo. Sua estreia foi há 4 anos, quando a competição foi sediada na França.
A Jamaica não passou da fase de grupos, com três derrotas: perdeu de 4 a 1 da Austrália na estreia, foi goleada pela Itália por 5 a 0 e o Brasil foi o responsável por concretizar a eliminação, ao vencer as caribenhas por 3 a 0.
PANAMÁ
A craque: Marta Cox (meia)
A meio-campista de 25 anos é o nome forte que o Panamá traz para a Copa do Mundo. Marta Cox defende a seleção desde que tem 14 anos e marcou gols decisivos contra Trindad e Tobago, que classificaram a equipe para a repescagem do Mundial, e Papua-Nova Guiné, na primeira partida da fase decisiva.
Atualmente, Cox atua no Pachuca, da liga mexicana. A meia já defendeu também o Leon, do México, e o Alajuelense, da Costa Rica.
Técnico: Ignacio Quintana
O treinador mexicano foi importante na classificação do Panamá para o Mundial na Oceania. Ele esteve presente durante toda a repescagem e gosta de incentivar a competitividade do elenco ao alternar as titulares.
Quintana também foi muito importante na luta das jogadoras também fora de campo ao conversar com a federação nacional sobre a equiparação salarial das equipes feminina e masculina do Panamá.
Melhor campanha em Copas: classificação para a Copa de 2023
Antes mesmo de entrar em campo, a seleção do Panamá já faz história nesta Copa do Mundo: é a primeira vez que o país da América Central estará disputando o torneio.
É uma das oito seleções estreantes e garantiu sua vaga na repescagem depois de vencer Papua-Nova Guiné por 2 a 0 e o Paraguai por 1 a 0.
Os jogos da fase de grupos do Brasil
- Brasil x Panamá – 24 de julho, em Adelaide
- França x Brasil – 29 de julho, em Brisbane
- Brasil x Jamaica – 2 de agosto, em Melbourne
*Sob supervisão de Ludmila Candal e Bruno Rodrigues