Fifa antecipa uso da braçadeira “Não à Discriminação” após protesto
Item com as cores branco, preto e amarelo seria usado somente nas quartas de final em diante
A Fifa antecipou a campanha com uso das braçadeira “No Discrimination”, ou “Não à Discriminação”, em tradução livre, após o protesto da seleção inglesa antes da partida com o Irã, nesta segunda-feira (21).
A entidade disse que o item com as cores branco, preto e amarelo seria usado somente nas quartas de final em diante, mas optou pela antecipação para que as 32 seleções participantes do torneio possam entrar na campanha.
No emblema não há uma referência direta a um tipo específico de discriminação. Diante à polêmica do possível uso da braçadeira colorida “One Love”, em apoio à comunidade LGBTQIA +, várias seleções europeias proibiram o uso do artigo esportivo pelos atletas.
O capitão inglês Harry Kane teve o selo colorido “One Love” trocado pelo “No Discrimination” e a resposta veio em forma de um protesto antes do jogo em que os atletas se ajoelharam antes da partida, um tipo de manifestação que começou em 2020 após a morte do americano George Floyd e se espalhou pelo mundo como uma forma contra a desigualdade.
No mesmo jogo, os jogadores do Irã não cantaram o hino do país em protesto contra o governo após a morte de uma jovem que estava sob custódia da polícia moral e em questionamento ao aumento de direito das mulheres. A Inglaterra venceu a partida por 6 a 2.
Entre as possíveis punições pelo uso da “One Love”, a Fifa ameaçou o uso de cartão amarelo para o capitão do time, troca do item ou “sanções esportivas”.
Por isso, as federações das seleções da Inglaterra, Bélgica, Dinamarca e Alemanha, por exemplo, proibiram a manifestação.
De acordo com a Fifa, o regulamento da competição exige que, nas finais, o capitão de cada time deverá usar a braçadeira fornecida pela Federação. A instituição também disse que é inclusiva e que os regulamentos existem para preservar a integridade do campo de jogo e dos participantes
Gianni Infantino, presidente da organização, afirmou que apoia a comunidade, que trata do tema com a liderança do país e que todos são bem-vindos. No Catar, a demonstração pública de afeto em público ou da orientação sexual LGBTQIA+ é proibida.