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    Fernando Diniz não é mais técnico da Seleção Brasileira

    Trabalho do treinador durou apenas seis partidas

    Marcel Rizzoda Itatiaia

    Fernando Diniz não é mais técnico da Seleção Brasileira. Ele tinha contrato até junho de 2024, mas foi comunicado nesta sexta-feira (5) pelo presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, que está desligado do cargo.

    A demissão ocorre um dia depois de o dirigente retomar o comando da confederação brasileira, por decisão liminar do Ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal). Ele estava afastado desde 7 de dezembro por decisão do Tribunal de Justiça do Rio.

    A informação foi revelada pelo “ge” e confirmada pela Itatiaia.

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    Demissão teria sido exigência de Dorival

    O favorito para assumir a vaga é Dorival Jr., técnico do São Paulo. A reportagem apurou que a confirmação da demissão de Diniz foi uma exigência do treinador do Tricolor paulista para poder negociar.

    Ele afirmou que não trataria oficialmente com Ednaldo Rodrigues enquanto Diniz ainda fosse o treinador, por respeito ao também treinador do Fluminense.

    Diniz foi contratado no fim de julho de 2023, para ocupar a vaga até junho de 2024, quando Ednaldo Rodrigues acreditava que o técnico italiano Carlo Ancelotti assumiria o comando da Seleção Brasileira para o ciclo até 2026. Ele manteve o trabalho no Fluminense, ocupando as duas funções.

    Diniz sai após “não” de Ancelotti

    Só que Ancelotti renovou seu contrato com o Real Madrid, da Espanha, e Ednaldo decidiu que não será Diniz que irá substitui-lo de forma efetiva.

    Em seis jogos no comando da Seleção Brasileira, Diniz obteve somente duas vitórias, com um empate e três derrotas. O time virou o ano na sexta colocação das Eliminatórias, no limite para a classificação da Copa do Mundo de 2026.

    A dobradinha de Ednaldo

    A avaliação de Ednaldo e de quem o apoia é que o modelo de trabalho Diniz, apesar de todos os elogios dos jogadores, não funcionou porque não há tempo para o técnico implementar seu método com dez dias de treino por convocação e encontros quatro ou cinco vezes ao ano.

    Por isso, assim que retornou, tomou a decisão de trocar o comando, mas não só isso: a ideia é ter uma dupla, com treinador e diretor de seleções, afinada para comandar o projeto até 2026. E os escolhidos são Dorival Jr. e Filipe Luís, lateral recém-aposentado, ex-Flamengo e Seleção Brasileira.

    De mais de uma pessoa, Ednaldo ouviu que a relação de Dorival com Filipe é de pai para filho, ou até de avô para neto, como o ex-jogador disse em recente entrevista à Fla TV.

    Dorival conhece Filipe Luís desde 2004

    Foi Dorival, ainda no Figueirense em 2004, quem colocou o então meia Filipe Luís para jogar de lateral-esquerdo. Eles se reencontraram no Flamengo em 2022, conquistado a Copa do Brasil e a Libertadores.

    Depois da Copa de 2022, no Catar, o então coordenador de Seleções, Juninho Paulista, deixou a função com a saída da comissão técnica de Tite. E ninguém foi contratado.

    Ficou Ednaldo Rodrigues tratando diretamente com a comissão técnica do então técnico Fernando Diniz, inclusive burocracias de viagens e campos de treinamento, função que cabe a um diretor. Esse, na avaliação do estafe do cartola, foi um dos grandes erros de gestão que desgastou Ednaldo no meio do futebol.

    Antes de ser afastado, em 7 de dezembro, Ednaldo já havia decidido contratar um diretor, como a Itatiaia mostrou. Mas era para trabalhar com Carlo Ancelotti, que não será mais o técnico da Seleção.

    Como Ednaldo decidiu contratar um novo técnico, e não permanecer com Diniz, a avaliação é de que é preciso que haja entrosamento entre os profissionais.

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