Espero que Supremo faça Robinho cumprir pena no Brasil, diz advogado de vítima à CNN
Jacopo Gnocchi contou em entrevista exclusiva como a mulher albanesa tem vivido após o caso
Jacopo Gnocchi, advogado da mulher albanesa violentada sexualmente pelo ex-jogador Robinho, declarou, nesta quarta-feira (1º), em entrevista ao repórter da CNN Renan Fiuza, esperar que o atacante cumpra sua pena no Brasil.
“Eu espero que a Suprema Corte faça com que Robinho possa cumprir a pena no Brasil. Para nós é absolutamente indiferente que a pena seja cumprida na
Itália ou no Brasil. O importante é que seja cumprida. Mas nós estamos completamente confiantes”, afirmou Gnocchi.
“A primeira coisa que a vítima fez, depois que aconteceu o episódio de violência, foi denunciar. Portanto, o pedido de dinheiro com relação aos danos foi feito
de uma maneira interna do processo”, explicou.
O Ministério Público Federal (MPF) concordou com a execução da pena de Robinho no Brasil, solicitada pela justiça italiana. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) recebeu parecer do MPF sobre o caso nesta segunda-feira (27).
De acordo com a Constituição Federal, é proibida a extradição de brasileiros. Assim, como Robinho se encontra no Brasil, não pôde ser preso e deportado para a Itália.
A justiça italiana pediu, então, execução da pena do ex-atleta em território brasileiro. A presidente do STJ, Maria Thereza de Assis Moura, deu prosseguimento ao pedido de reconhecimento da sentença.
Sobre Robinho viver livremente no Brasil, Gnocchi diz não saber o que pensar, mas, a sentença proferida na Itália mostra que ele cometeu um crime contra outra pessoa. O fato, ainda, foi confirmado por diversas instâncias. “Ele pode até fingir que nada aconteceu, mas a justiça vai chegar e deverá ser no Brasil.”
Vida da vítima
Gnocchi explica que a vítima vive entre Bergamo e Milão, mas não pode precisar sua localização. Após o caso, sua vida passou a ser muito difícil, devido à violência sofrida.
“Principalmente por que no início, por vezes, esse tipo de crime, principalmente para as vítimas e para mulheres, criam vários problemas. Nunca acreditam no que falam. São mal interpretadas. Pensam sempre que é uma coisa feita por dinheiro”, cita.
“Quando o dinheiro nunca foi o objetivo. O que foi feito foi para denunciar, punir e culpar. E de fato o andamento do processo confirma isso. E acredito que quando chegar a execução da pena, para vítima, vá se fechar um capítulo e será possível andar adiante. Virar a página”, finaliza.
Veja a reportagem completa no vídeo acima.
(*Publicado por Douglas Porto)