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    Enfrentei o medo e consegui quebrar o recorde paralímpico, diz Petrúcio Ferreira

    O bicampeão paralímpico quebrou o recorde dos 100 metros rasos em Tóquio

    Produzido por Ludmila Candalda CNN , em São Paulo

    Petrúcio Ferreira venceu a prova dos 100 metros rasos pela classe T47, para amputados de braço, na última sexta-feira (27), nos Jogos Paralímpicos de Tóquio. O brasileiro fez o tempo de 10 segundos e 53 centésimos, cravando o novo recorde paralímpico que, até então, era de 10 segundos e 57 centésimos, conquistado pelo próprio atleta nos Jogos do Rio 2016.

    “Consegui dar conta de tudo e consegui conquistar essa medalha para o nosso país, fiquei muito feliz em estar me tornando bicampeão paralímpico”, disse o atleta à CNN.

    Petrúcio conta que uma semana antes da competição em Tóquio ele sofreu uma lesão que poderia comprometer sua participação. “Me resguardei e busquei tratar o mais rápido possível para recuperar e ir para a prova”, disse. O atleta falou que teve dúvidas se conseguiria competir e se estaria apto a dar o seu melhor depois de tanto treino.

    “Tinha metas maiores que era quebrar o recorde mundial, estava bem treinado para isso, mas aconteceu, infelizmente — ou felizmente para mais um aprendizado e superação na minha carreira –, enfrentei, mesmo com tanta incerteza e com medo consegui quebrar um recorde paralímpico que estava aí desde 2016, e que era meu, então fiquei muito feliz por tudo que eu passei e por esta conquista.”

    Para o bicampeão e recordista, o ano da pandemia de Covid-19 fez com que ele tivesse que inovar em sua forma de treinar a fim de manter o condicionamento físico. “Tivemos que sair dos nossos locais de treino, nosso habitat natural, parar de treinar por alguns meses, mas tivemos que nos reinventar, buscando tirar pontos positivos no meio de tantas coisas negativas que estavam nos rodeando, que foi a pandemia.”

    Petrúcio afirma que trabalhar o lado psicológico foi fundamental para seu desempenho neste período pré-Olimpíadas. “Uma das coisas que a gente mais lutou, nesse meio, foi o psicológico, que em alguns momentos ficou abalado por motivo de muitas dúvidas e muitas interrogações: Os jogos vão acontecer? Serão cancelados, adiados? E se acontecer, eu vou estar bem treinado? Foram muitas coisas que a gente enfrentou, mas conseguimos superar.”

    Ele ainda ressalta que o Brasil está se destacando nos Jogos Paralímpicos de Tóquio: “está mostrando a sua potência em resultados e buscando medalhas”.

    Petrúcio Ferreira, atleta paralímpico brasileiro / CNN / Reprodução

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