Caboclo acusa Del Nero de oferecer R$ 12 milhões por silêncio de funcionária
Rogério Caboclo está afastado da presidência da CBF desde o início de junho
Rogério Caboclo acusou Marco Polo Del Nero, seu antecessor na presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) de ter proposto R$ 12 milhões em troca do silêncio da funcionária que denunciou o caso de assédio sexual e moral praticado pelo presidente afastado da CBF. A denúncia formal foi apresentada na Comissão de Ética da CBF e na Diretoria de Governança e Conformidade, no dia 4 de junho.
Em nota, a assessoria de Caboclo disse que Del Nero fez uma anotação a mão oferecendo o valor de R$ 12,409 milhões. A quantia deveria ser paga como uma indenização à funcionária em troca do silêncio da mesma sobre os casos de assédio supostamente cometidos por Caboclo. Segundo o documento, o pagamento seria referente a 20 anos de salário com correção monetária.
A defesa destaca que as acusações contra Rogério Caboclo fazem parte de ‘um plano orquestrado’ por Marco Polo Del Nero para voltar ao comando da entidade. Eles também apontaram que funcionários da CBF irão discutir mudanças para impedir o retorno de Caboclo à presidência na sexta-feira (2). Inicialmente, foi estabelecido o afastamento de Caboclo do cargo por 30 dias, prazo que irá expirar na próxima terça-feira (6). A CBF não se pronunciou.
Como a CNN informou no início do mês passado, uma das acusações feitas pela funcionária teria acontecido na entrega do troféu ao campeão da Recopa, no ano passado. Na ocasião, Rogério Caboclo teria tido comportamentos abusivos. A CNN também apurou que a denúncia apresentada pela funcionária nesta sexta-feira seria de conhecimento de outros funcionários da CBF, há pelo menos um mês.
A produção da CNN tentou contato com Marco Polo Del Nero, mas não teve retorno.