COB espera recorde de medalhas e mais atletas do Brasil nas Olimpíadas de 2024

O presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Paulo Wanderley, afirmou à CNN que espera que o Brasil supere o recorde de 21 medalhas conquistadas em Tóquio nas Olimpíadas de Paris 2024.

Se a expectativa se confirmar, seria o segundo recorde seguido. Foram 17 medalhas em Londres, 19 no Rio de Janeiro e 21 em Tóquio.

“A gente sempre sonha com isso, trabalhamos para isso. Mas de fato dar um número é muito prematuro porque temos equipes se classificando, atletas ainda em classificação pelas suas federações internacionais, então é prematuro ainda falar em quantitativo. Mas o objetivo é sempre o mesmo e único: superar o [recorde] anterior”, disse Wanderley em entrevista exclusiva à CNN.

A delegação brasileira também deve ter um número recorde de atletas, sem contar as Olimpíadas realizadas em casa, no Rio. Segundo o COB, pelo menos 320 atletas devem competir na França, acima dos 302 de Tóquio.

A 500 dias das Olimpíadas de Paris 2024, o COB realizou um evento em Saint-Ouen, cidade na região metropolitana de Paris, que vai receber os atletas brasileiros durante os jogos olímpicos.

Dificuldades para acompanhar os jogos

Wanderley afirmou que os brasileiros devem comprar cerca de 100 mil dos 10 milhões de ingressos que devem ser disponibilizados para os jogos. E alertou que os brasileiros que desejam ir à Paris devem se planejar com antecedência.

“Paris é uma cidade mundialmente turística. Estamos prevendo, todo o sistema esportivo, uma dificuldade de hospedagem, de conseguir hotel, espaço para assistir aos jogos. Vai ser difícil, não vai ser fácil, nossos torcedores têm que se movimentar com muita antecedência”, disse o presidente do COB.

Investimentos e estrutura

O orçamento do COB para 2023 é de R$ 504 milhões, mas o comitê não precisou o valor que será investido em todo o ciclo de três anos das Olimpíadas de Paris 2024. Se o orçamento para os três anos do ciclo for similar, seria algo em torno de R$ 1,5 bilhão no total.

“Em Tóquio nós tivemos um continente muito distante do Brasil, asiático, com custo maior. Com a pandemia também, os preços ficaram sobrevalorizados, mas aqui em Paris não [esperamos] menos”, afirmou Wanderley.

Os investimentos do comitê são provenientes em parte de recursos das Loterias Federais e em parte de investimentos privados. Entre as empresas que financiam as equipes brasileiras estão Medley, Mormaii e XP.

Casa do Brasil

A cidade escolhida para hospedar as delegações brasileiras, Saint-Ouen, tem cerca de 4 quilômetros de extensão e fica a aproximadamente 40 minutos do centro de Paris.

Os treinamentos vão acontecer em quatro estruturas diferentes e os atletas terão à disposição ainda um “chatêau”, um pequeno castelo, para receber familiares confraternizar.

“A cidade de Saint-Ouen foi definida em junho do ano passado, mas nós já estávamos prospectando espaços em Paris desde 2019. Um grande facilitador é a proximidade com a Vila Olímpica, então os serviços que oferecemos aos nossos atletas, médicos, nutricionistas que estarão nessa base são um facilitador muito grande”, disse o presidente do COB.

Haverá também uma base em Marselha para vela e em Sainte Genéviève para o judô.