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    A um ano das Olimpíadas de Paris, Ucrânia reavalia ameaça de boicote

    Ministério do Esporte ucraniano diz que país poderá participar caso Rússia e Belarus compitam sob bandeira neutra

    Anéis olímpicos em frente à Torre Eiffel, marco de Paris, sede dos Jogos de 2024
    Anéis olímpicos em frente à Torre Eiffel, marco de Paris, sede dos Jogos de 2024 Antonio Borga/Anadolu Agency/Getty Images

    Margaryta Chornokondratenkoda Reuters

    Kiev pode desistir de uma ameaça de boicote às Olimpíadas de Paris do ano que vem se atletas da Rússia e de Belarus, aliadas na guerra contra os ucranianos, competirem sob uma bandeira neutra em vez de suas cores nacionais, disse o ministro dos Esportes da Ucrânia à Reuters.

    Vadym Huttsait afirmou que não houve decisão para suavizar a posição da Ucrânia, mas indicou que Kiev pode estar aberta a reverter uma política que provavelmente excluiria atletas ucranianos dos Jogos Olímpicos de 2024.

    Em abril, a Ucrânia proibiu suas equipes nacionais de disputarem eventos olímpicos, não olímpicos e paralímpicos que tenham competidores de Rússia e Belarus — independentemente das bandeiras sob as quais os atletas desses dois países estejam competindo.

    “Iniciamos discussões com os presidentes das federações, as próprias federações, os esportistas”, disse ele, referindo-se à proposta de bandeira neutra para atletas russos e bielorrussos.

    “Se isso acontecer, vamos participar ou não? A decisão ainda não foi tomada e, portanto, não há abrandamento ainda”, afirmou.

    A invasão em grande escala da Ucrânia pela Rússia já matou dezenas de milhares, destruiu cidades, desalojou milhões e golpeou a economia. As tropas russas usaram Belarus como base para seu ataque a Kiev no início da invasão.

    Alguns atletas ucranianos condenaram a proibição geral de competir contra russos e bielorrussos como uma ferida autoinfligida que privaria Kiev de representação e suas estrelas do esporte de suas carreiras.

    Huttsait, um esgrimista vencedor da medalha de ouro olímpica em 1992, nos Jogos de Barcelona, disse à Reuters que a escolha é extremamente difícil e que a decisão original ainda estava em vigor, mas em discussão.

    “Não podemos estar ao lado deles [os russos], mas por outro lado estamos punindo nossos esportistas se eles não puderem competir… eles querem ir, vencer e mostrar nossa bandeira no pódio.”

    Huttsait afirmou que seu ministério estava discutindo com as federações esportivas ucranianas se os atletas estariam preparados para competir contra atletas russos e bielorrussos sob uma bandeira neutra.

    O ministro disse que conversou com o Comitê Olímpico Internacional (COI) pela última vez há três semanas e tentou convencê-los de que russos e bielorrussos não podem competir nas Olimpíadas enquanto cidades ucranianas estão sendo bombardeadas.

    O COI disse que a decisão da Ucrânia de não permitir que seus atletas participem das eliminatórias para os Jogos de Paris sob a política atual do ministério era “difícil de entender”.

    O COI, que afirma ter que “administrar uma realidade complexa”, condenou a invasão da Ucrânia pela Rússia, mas diz que os atletas não devem ser punidos por causa de seus passaportes. Espera-se que o órgão olímpico permita que russos e bielorrussos compitam sob uma bandeira neutra.