À CNN, Raquel Kochhann diz o que sentiu após descobrir que seria porta-bandeira do Brasil
Capitã da Seleção Feminina de Rugby representará o país na Abertura da Olimpíada
À CNN, Raquel Kochhann, que será porta-bandeira do Brasil na abertura dos Jogos Olímpicos de Paris ao lado do canoísta Isaquias Queiroz, falou sobre o que sentiu após ser convidada para representar a delegação brasileira no desfile pelo Rio Sena na próxima sexta (26).
“Eu entrei em choque, fiquei paralisada, tentando entender se isso realmente estava acontecendo, se eu estava sonhando”, contou a jogadora de 31 anos, que está em sua 3ª Olimpíada.
“Eu sempre vi os meus grandes ídolos nessa posição e nunca imaginei que alguém do rugby [pudesse ser escolhido] porque a gente não tem esse vínculo com a medalha, a gente ainda está crescendo o nosso esporte”, acrescentou.
Kochhann é uma das líderes das Yaras – como é chamado o time feminino de rugby do Brasil – e está recém-recuperada de um câncer, descoberto em 2022, meses após a Olimpíada de Tóquio.
Por conta da doença, Raquel ficou afastada dos gramados por quase dois anos. Mesmo assim, a atleta não largou os treinos e passou a realizar exercícios adaptados e seguia com no dia a dia com o grupo para manter a parte mental em dia.
Em dezembro de 2023, a jogadora voltou a ser convocada para a seleção.
“Eu vejo muito pela questão da luta, do trabalho, da disciplina, do foco. O câncer é uma doença que assusta muito as pessoas e na verdade eu encarei ele como se fosse mais uma lesão. Para todo atleta, uma lesão é uma coisa muito ruim, que precisa de atenção, mas a gente precisa estar focado para poder retornar o mais breve possível”, afirmou.
“Se as pessoas têm foco e dedicação, e entendem que isso é um processo que precisa ser passado e com disciplina, fazer o que é pedido principalmente pelos médicos, o resultado pós pode ser incrível. E o nosso resultado está aqui, participando de mais uma Olimpíada”, disse.
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