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    Técnico do PSG será julgado por suposto assédio psicológico e racismo

    Christophe Galtier teria reclamado da presença de "muitos jogadores negros e muçulmanos". Detido na sexta-feira (30), o técnico nega as acusações

    Matt Fosterda CNN

    O técnico do Paris Saint-Germain (PSG), Christophe Galtier, será julgado em Nice, na França, por acusações de assédio psicológico e discriminação racial, de acordo com o promotor público envolvido no caso. Xavier Bonhomme, promotor do tribunal judicial de Nice, twittou uma foto do comunicado de imprensa do escritório relacionado ao assunto na sexta-feira.

    O julgamento está marcado para 15 de dezembro. O comunicado de imprensa do promotor observou que seu escritório abriu uma investigação preliminar sobre Galtier e seu filho, John Valovic, após relatos da imprensa em abril de que Galtier teria feito declarações de que havia muitos jogadores negros e muçulmanos no equipe.

    Segundo o comunicado de imprensa, como resultado de buscas e entrevistas, Galtier e Valovic foram colocados sob custódia policial na sexta-feira e tiveram audiências com os investigadores. Os promotores dizem que os dois homens negaram os crimes.

    Os promotores explicaram que a investigação preliminar envolveu oitivas com jogadores do Nice durante o período de trabalho de Galtier no clube, bem como diretores e funcionários do PSG. Valovic não foi acusado e foi libertado após as audiências, pois não tinha nenhum cargo oficial em Nice.

    A CNN procurou a representação de Galtier e o PSG para comentar, mas não recebeu uma resposta imediatamente. Em uma declaração de abril emitida pelo advogado de Galtier, o treinador “nega firmemente” as acusações, descrevendo-as como “insultonas e difamatórias”.

    O advogado de Galtier, Olivier Martin, anunciou na época a abertura imediata dos “processos legais necessários” no comunicado.

    O comunicado de imprensa do promotor discute uma entrevista de 2022 com Julien Fournier, ex-diretor esportivo do clube anterior de Galtier, o OGC Nice, onde Fournier disse ao jornalista Julien Absalon que: “Se eu explicar os verdadeiros motivos pelos quais nós (Fournier e Galtier) discutimos, ele nunca trabalharia em um vestiário na França ou na Europa novamente”.

    A declaração continua discutindo a ampla cobertura da mídia em abril de uma série de e-mails vazados de Fournier para Dave Brailsford, diretor da INEOS, proprietária do clube. O comunicado de imprensa afirma que os e-mails de Fournier descrevem uma reunião com o filho de Galtier, John Valovic, que foi apresentado como o agente do treinador. Nessa reunião, Valovic teria expressado as reclamações de Galtier sobre o time do Nice ter “muitos jogadores negros e muçulmanos” no time, o que significava que não se adequava à “realidade” da cidade.

    Os promotores dizem que a punição máxima que Galtier pode enfrentar se for considerado culpado de assédio psicológico e discriminação racial é uma sentença de três anos de prisão e uma multa de € 45.000 (cerca de R$ 235.000).

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