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    Ministros do Comércio do G7 endurecem discurso sobre combate a comércio injusto

    Por Angelo Amante, da Reuters

    Por Angelo Amante

    ROMA – Os ministros do Comércio dos países do G7 disseram nesta quarta-feira que usarão suas “ferramentas comerciais”, se necessário, para combater práticas que distorcem o mercado, em uma declaração com uma linguagem mais dura do que a de um comunicado anterior.

    Os ministros se reuniram no sul da Itália depois que a União Europeia impôs tarifas neste mês sobre as importações de veículos elétricos fabricados na China para tentar proteger a indústria automobilística do bloco de veículos que, segundo a UE, são altamente subsidiados.

    “Continuaremos combatendo políticas e práticas que não são de mercado, bem como o prejudicial excesso de capacidade que não é de mercado e outras distorções resultantes delas”, disse a declaração de seis páginas do G7, que não fez nenhuma menção específica à China.

    “Para isso, continuamos comprometidos com o uso eficaz de nossas ferramentas comerciais e, conforme apropriado, com o desenvolvimento de novas ferramentas para identificar, desafiar e combater essas práticas, além de promover regras e normas internacionais mais fortes, junto de nossos parceiros”, acrescentou.

    A declaração desta quarta-feira adotou uma linha mais dura do que o comunicado final publicado no ano passado após uma reunião ministerial do G7 no Japão, que se concentrou em desencorajar o protecionismo e a distorção do mercado mais do que em implantar ferramentas comerciais.

    Além das tarifas, as ferramentas para coibir as práticas injustas podem incluir regras mais rígidas para examinar os investimentos estrangeiros, como as propostas pela UE neste ano.

    Os ministros, que se reuniram na região da Calábria, no sul da Itália, também disseram que “a resiliência econômica exige a redução de riscos por meio da diversificação e da redução de dependências críticas”, em uma aparente referência ao domínio da China em cadeias de suprimentos importantes.

    “Reconhecemos que as políticas e práticas que não são de mercado não apenas prejudicam a ordem econômica internacional livre e justa baseada em regras, mas também podem exacerbar dependências e vulnerabilidades estratégicas e prejudicar o desenvolvimento sustentável dos países emergentes e em desenvolvimento”, disse a declaração.

    O G7 é formado por Reino Unido, Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão e Estados Unidos, sendo que a União Europeia também está convidada a participar.

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