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    Ministério Público analisa pedido para investigar venda de cadeiras do Pacaembu

    Gestora do estádio e prefeitura afirmam que não há restrição legal ou contratual à ação promocional

    Tiago TortellaManoela Carluccida CNN

    São Paulo

    O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) recebeu uma representação para que seja investigada a venda das cadeiras do estádio Pacaembu pela empresa Tok&Stok por até R$ 1.800. A queixa foi encaminhada na quinta-feira (28) pelo vereador Celso Giannazi (PSOL).

    A concessionária Allegra Pacaembu, que assumiu a gestão do complexo por 35 anos em 2020, afirmou que não há restrição legal ou contratual para a venda de cadeiras e banquetas feitas com os antigos assentos do local. Conforme explicou em nota, trata-se de uma “iniciativa socio-ambiental com o objetivo de enaltecer a história do futebol na cidade de São Paulo“.

    “Evitou que o material fosse descartado como entulho, durante as obras de reforma, modernização e restauro do Complexo Esportivo”, destacou, complementando que já estava prevista a substituição das cadeiras, que “não são itens originais, tendo sido implantados nos anos 1990 em parte das arquibancadas do estádio“.

    De acordo com os responsáveis pela ação, todo o lucro obtido com os produtos serão doados para a Fundação Gol de Letra, que trabalha com a “educação de crianças e jovens de comunidades socialmente vulneráveis”.

    No hotsite no qual os móveis são vendidos, as cadeiras custam R$ 1.499 e os bancos altos custam R$ 1.799.

    Cadeiras originais do Pacaembu são vendidas como móveis por até R$ 1.800 / Reprodução / Tok&Stok

    A prefeitura de São Paulo endossou o argumento da Allegra, dizendo que não há restrição legal ou contratual e que as cadeiras, além de não serem originais, “não têm valor histórico”.

    “Alguns exemplares ficarão expostos no Pacaembu, juntamente com outros mobiliários, dentre eles peças originais, que serão restauradas”, acrescentou a administração municipal.

    A representação está sendo analisada pela promotora de Justiça Juliana Carosini e foi adicionada a uma ação protocolada no dia 2 de maio pela vereadora Andrea Ferraro. Ela pede investigação de sobre supostas irregularidades relacionadas a pedido de reequilíbrio econômico-financeiro do contrato entre a Concessionária Allegra Pacaembu e a Secretaria Municipal de Esportes e Lazer da Cidade de São Paulo.

    O Tribunal de Contas do Município informou que a representação de Giannazi foi encaminhada aos órgãos técnicos para análise. A prefeitura observou que não foi notificada sobre o caso.

    A CNN entrou em contato com a Secretaria Municipal de Esporte, a assessoria do vereador Celso Giannazi e a Tok&Stok, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria.