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    Máfia das Apostas: STJD pune Bauermann com 12 jogos de suspensão e bane dois jogadores

    Julgamento foi realizado nesta quinta-feira (1º) no Plenário do STJD, no Rio de Janeiro; veja a lista de punições

    Wellington CamposLucas SanchesLeonardo Parrelada Itatiaia

    Oito jogadores envolvidos na Máfia das Apostas do futebol brasileiro foram julgados nesta quinta-feira (1º) pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).

    As denúncias são baseadas em em três artigos do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD): Art. 191, Art. 243 e Art. 243-A. As punições envolvem multa de R$ 100 a R$ 100 mil e suspensão. As sanções são acumulativas. O julgamento do STJD diz respeito apenas ao âmbito esportivo.

    Alguns jogadores, inclusive, estiveram no julgamento, dentre eles o zagueiro Eduardo Bauermann, com passagem pelo América-MG e que defendia o Santos na época do envolvimento com o esquema.

    Votaram na sessão: a relatora do processo, a Dra. Adriene Hassen; Dr. Felipe Rego Barros, Dr. José Cardoso Junior e o presidente da Quarta Comissão Disciplinar do STJD, Jorge Galvão.

    Veja as punições determinadas a cada um dos oito jogadores

    • Moraes (Aparecidense-GO): 760 dias de suspensão e R$ 55 mil de multa
    • Gabriel Tota (sem clube): eliminado do futebol e multa de R$ 30 mil
    • Paulo Miranda (sem clube): mil dias de suspensão e R$ 105 mil de multa
    • Eduardo Bauermann (Santos): 12 jogos de suspensão
    • Igor Cariús (Sport): absolvido
    • Fernando Neto (São Bernardo): 380 dias de suspensão e R$ 25 mil de multa
    • Matheus Gomes (sem clube): eliminado do futebol e R$ 10 mil de multa
    • Kevin Lomónaco (Bragantino): 380 dias de suspensão e R$ 25 mil de multa

    Vale lembrar que os votos se deram em primeira instância. A decisão cabe recurso ao pleno do STJD.

    A investigação criminal, conduzida pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO), apura envolvimento de aliciadores com jogadores para participação de ações determinadas em jogos do Campeonato Brasileiro do ano passado e de estaduais deste ano.

    Kevin Lomónaco e Moraes fecharam acordo com o Ministério Público de Goiás (MP-GO) para não se tornarem réus na esfera criminal. O acordo não os impede de sofrer sanções desportivas determinadas pelo STJD.

    Próximo julgamento já tem data marcada

    Na terça-feira (6), mais cinco atletas envolvidos serão julgados. São eles: Allan Godói, André Luiz “Queixo”, Mateusinho, Paulo Sérgio e Ygor Catatatu. Eles serão julgados às 11h30 (de Brasília) pela 5ª Comissão Disciplinar do STJD.

    Eles eram jogadores do Sampaio Corrêa em 2022, quando aceitaram participar do esquema em partida contra o Londrina, pela última rodada da Série B do Campeonato Brasileiro.

    Todos foram denunciados em quatro artigos do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), incluindo o artigo 242, que prevê pena máxima de banimento do esporte. O julgamento será na esfera desportiva, mas os cinco nomes também são réus no primeiro processo apresentado pelo MP-GO.

    Dentre os julgamentos já concluídos ou agendados, restam apenas dois nomes. O volante Joseph, que estava no Tombense, ainda deverá ser julgado pelo STJD.

    Já o zagueiro Victor Ramos, então na Portuguesa-SP, será julgado apenas pelo Tribunal de Justiça Desportiva de São Paulo, tendo em vista que ele foi citado em partida do Campeonato Paulista.

    A Operação Penalidade Máxima

    O Ministério Público de Goiás ofereceu nova denúncia contra 17 pessoas no âmbito da Operação Penalidade Máxima II. Os denunciados são divididos em três núcleos: financiadores, apostadores e intermediadores. Seis jogadores estão denunciados nessa nova fase. A Itatiaia teve acesso à denúncia e detalha as argumentações do MP-GO.

    Os apostadores aliciavam atletas para que eles fossem punidos ao longo de partidas das Séries A e B do Campeonato Brasileiro de 2022. Também há registros de manipulação em jogos de alguns estaduais de 2023. A Operação Penalidade Máxima teve, até agora, duas fases.

    São quinze jogadores formalmente denunciados e outras nove pessoas classificadas como intermediários entre os atletas e os apostadores. Bruno Lopez de Moura é apontado pelo Ministério Público como chefe da quadrilha.

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