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    Máfia das Apostas: como aconteceu o contato entre aliciadores e jogadores

    Até agora, 53 atletas são citados nos diálogos anexados ao processo do MP-GO; 15 foram formalmente denunciados e sete afastados preventivamente dos seus clubes

    Leonardo Parrelada Itatiaia

    O Ministério Público de Goiás (MP-GO) ofereceu nova denúncia contra 17 pessoas no âmbito da Operação Penalidade Máxima II. Os denunciados são divididos em três núcleos: financiadores, apostadores e intermediadores. A Itatiaia detalha como acontecia o contato entre os apostadores e jogadores.

    O contato acontecia de maneira simples. Bruno Lopez de Moura, apontado pelo MP-GO como chefe da quadrilha investigada, é ex-jogador profissional. De carreira inexpressiva, passou para o lado de empresário e, junto da esposa, Camila Mota da Silva, abriu a BC Sports Management.

    A partir dos próprios contatos, Bruno passou a buscar pelos jogadores. As conversas eram por meio de redes sociais ou por aplicativo de mensagem — costumeiramente o WhatsApp. Ele não era o único que buscava pelos jogadores.

    Ícaro Fernandes Calixto dos Santos, Luís Felipe Rodrigues de Castro e Thiago Chambó Andrade — outros três denunciados — tinham proximidade com Bruno e também buscavam por jogadores. Luís Felipe, por exemplo, tinha uma loja virtual para vender réplicas de roupas e tênis importados. Por meio do Instagram, ele conversava com alguns atletas.

    Jogadores procuravam mais colegas para participar

    Outro ponto importante desses diálogos é a participação de Romario Hugo dos Santos, conhecido como Romarinho, que também teve uma carreira de pouca expressão como jogador profissional. Romarinho também aliciava jogadores para participar do esquema. Esses novos atletas, por vezes, também procuravam outros jogadores para integrar o esquema e assim sucessivamente.

    A Itatiaia confirmou a informação do UOL Esporte de que 53 atletas são citados nos diálogos anexados ao processo. Até aqui, 15 foram formalmente denunciados e sete afastados preventivamente dos seus clubes.

    Bruno Lopez, Thiago Chambó Andrade e Romário Hugo dos Santos estão presos preventivamente. A Justiça pediu a transferência deles de São Paulo — onde estão atualmente — para uma prisão em Goiás.

    Procurado pela CNN, o advogado Ralph Fraga, que defende Bruno Lopez, optou por não se manifestar em relação à denúncia feita pelo MP.

    Operação Penalidade Máxima II

    A Operação Penalidade Máxima II investiga apostadores que aliciavam atletas para que fossem punidos ao longo de partidas das Séries A e B do Campeonato Brasileiro de 2022. Também há registros de manipulação em jogos de alguns estaduais de 2023. A operação teve, até agora, duas fases.

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