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    Torcedores argentinos salvam Copa fria com festa e cantoria nas ruas do Catar

    Essa é a última Copa de Lionel Messi e a primeira sem o ídolo Diego Maradona, morto em 2020

    do Estadão Conteúdo

    Caminhar pelas ruas de Doha e em seu entorno é esbarrar com torcedores argentinos, de diferentes idades, classes sociais, e histórias. Eles e os marroquinos têm evitado que a Copa do Mundo do Catar, um país desacostumado a festas e barulho, seja melancólica e fria.

    Os argentinos estão no país árabe desde os primeiros dias do Mundial. O governo da nação sul-americana estimou antes do início do torneio em 40 mil o número de turistas que viajaram ao Catar. Para a final deste domingo, a expectativa é de que mais de 50 mil argentinos estejam no Lusail Stadium, com suas bandeiras e apoio para Messi e companhia conquistarem o tricampeonato.

    “Nossa relação com a seleção é muito passional”, diz Emanuel Diaz Mirabile. O advogado de 33 anos está em sua terceira Copa do Mundo. Também foi ao Brasil, em 2014, e à Rússia, em 2018. “Temos essa cultura de acompanhar a Argentina aonde ela vai. Demos ao Catar o clima sul-americano de torcer, como fazem o brasileiro e o uruguaio.”

    A última Copa de Lionel Messi, a primeira sem o ídolo Diego Maradona, morto em 2020, e a forte identificação com a seleção de seu país explicam a presença de tantos argentinos no Catar.

    “Sou torcedor do Boca Juniors, mas, pela seleção argentina, colocaria uma camisa do River Plate”, diz Ezequiel Donnenfeld, 24 anos. “A seleção está acima de tudo.” Ele faz parte da numerosa porção de argentinos em Doha que veio de outros países. São imigrantes que vivem na Espanha, Estados Unidos e Austrália, caso de Ezequiel. Ele veio à nação árabe com o pai, Miguel, reviver o clima de arquibancada que não tem no país da Oceania.

    Bandeiraços

    Tornaram-se comuns em Doha os “bandeiraços” de argentinos, que nascem por meio de pequenos grupos de torcedores e reúnem milhares nas ruas. Os encontros têm cantoria, batuque, bumbo e gente espremida. O silencioso centro da cidade se transforma nos arredores da Bombonera em dia de jogo do Boca Juniors. A festa dos “hermanos” é embalada por Muchachos, música do grupo La Mosca, que virou o hino não oficial da competição para Messi e a sua equipe.

    Barras bravas

    Desde que a Argentina perdeu para a Arábia Saudita na estreia, a atmosfera nas partidas seguintes mudou. Houve críticas pela falta de “alento” no revés para os sauditas. Isso não aconteceu mais porque chegaram ao Catar antes do jogo com o México vários barras bravas, que tomaram os estádios com instrumentos, bandeiras e músicas.

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