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    Suspeitos de atentado contra ônibus do Fortaleza não podem ir a jogos do Sport

    Sete pessoas foram soltas pela Justiça, mas terão que cumprir medidas cautelares; no próximo domingo (26), o time cearense volta ao Recife por semi do Nordestão

    Imagem de rede social do atacante Yago Pikachu com sangue no ônibus do Fortaleza
    Imagem de rede social do atacante Yago Pikachu com sangue no ônibus do Fortaleza Reprodução / Redes Sociais

    Marcel RizzoNuno Krauseda Itatiaia

    Os sete suspeitos de participarem do atentado contra o ônibus que levava a delegação Fortaleza, que ocorreu em fevereiro deste ano, foram soltos, mas não poderão comparecer a jogos do Sport.

    No próximo domingo, os Leões de Pernambuco e do Ceará voltam a se enfrentar na Arena de Pernambuco, na região metropolitana do Recife, pela semifinal da Copa do Nordeste. O jogo terá início às 18h.

    A soltura ocorreu após a Justiça entender que não havia necessidade de colocá-los em prisão preventiva. Os homens estavam presos de forma temporária por 30 dias, e a Polícia Civil pediu prorrogação por mais 30 dias antes de solicitar a preventiva. Duas pessoas ainda não foram encontradas e são consideradas foragidas.

    A 2ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Jaboatão dos Guararapes, ao conceder a liberdade aos sete suspeitos, aplicou algumas medidas cautelares:

    1. Não se ausentarem da Região Metropolitana do Recife – RMR, por mais de 15 dias, sem prévia comunicação à Justiça;
    2. Comparecimento bimestral em juízo, para atualizar o endereço para onde deverão ser dirigidas as futuras comunicações processuais;
    3. Afastamento imediato da Torcida Jovem do Leão, estando proibidos de comparecerem ao espaço físico destinado àquela organização, devendo manter distância mínima de 200 (duzentos) metros do Barracão, sede ou subsede, ou de se reunirem com os outros integrantes da agremiação denunciados, em qualquer espaço físico ou virtual, devendo, também, manter, um do outro, a mesma distância mínima obrigatória acima mencionada;
    4. Impossibilidade de participação nos grupos virtuais, inclusive do WhatsApp, criados e/ou utilizados pela Torcida Jovem do Leão, ou por integrantes desta associação, para debater assuntos específico da agremiação;
    5. Impossibilidade de comparecimento presencial aos jogos do Sport Club do Recife, seja ele realizado em qualquer Estado da Federação;
    6. Impossibilidade de contato, por qualquer meio, com as testemunhas destes autos, devendo manter distância mínima de 200 (duzentos) metros.

    O descumprimento de quaisquer das condições acima poderá acarretar a revogação do benefício e consequente decretação de prisão preventiva. O Ministério Público Estadual solicitou que fossem colocadas tornozeleiras eletrônicas nos sete suspeitos, para monitoramento do cumprimento das medidas cautelares, e a Justiça ainda analisa.

    Nenhum deles, portanto, poderá estar presente no jogo do domingo. Será a primeira vez do Fortaleza no Recife após o ataque sofrido em 21 de fevereiro, após o encontro pela fase de grupos da Copa do Nordeste.

    Há preocupação com a segurança e nesta quarta-feira (22) haverá uma reunião entre órgãos de segurança de Pernambuco, dirigentes do Sport e do Fortaleza e das Federações de Pernambuco e do Ceará.

    “O posicionamento da Polícia Civil de Pernambuco é pela prisão dos indiciados pelos fatos graves que foram cometidos, mas precisamos deixar registrado o nosso respeito pelas decisões do Poder Judiciário.

    Nós entendemos que as medidas cautelares são importantes também para inibir atividades delituosas ligadas às torcidas organizadas”, disse o gestor do Comando e Operações e Recursos Especiais (CORE) da Polícia Civil de Pernambuco, o delegado Antônio Barros.

    Relembre o caso

    No dia 21 de fevereiro, após o empate entre Sport e Fortaleza na Arena de Pernambuco, pela Copa do Nordeste, o veículo com a delegação do Fortaleza foi atingido por pedras e uma bomba caseira.

    Seis jogadores ficaram feridos: o goleiro João Ricardo, os laterais Gonzalo Escobar e Dudu, os zagueiros Titi e Brítez e o volante Lucas Sasha. Escobar apresentou o caso mais grave, ao levar uma pancada na cabeça de um estilhaço maior.

    A Operação Hooligans foi deflagrada no dia 15 de março. Inicialmente, prendeu três suspeitos ligados à Torcida Jovem do Leão, principal organizada do Sport. No dia 20 daquele mês, o quarto suspeito foi encontrado.

    A corporação entendeu, após investigações, que o ato foi premeditado. Depois, em 3 de abril, o presidente e o vice da Jovem também foram presos.

    O sétimo suspeito foi apreendido no dia 24 de abril, na cidade de Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife (PE).

    O Superior Tribunal de Justiça (STJD), após punir o Sport com oito jogos de portões fechados, recuou da decisão. No dia 9 de abril, reduziu a pena para quatro jogos e estabeleceu que apenas parte da Arena de Pernambuco (25%) ficaria fechada. O Leão da Ilha já cumpriu a punição.


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    Este conteúdo foi criado originalmente em Itatiaia.

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