Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    CNN Esportes

    Jogadores do Santos denunciam racismo em jogo contra o Audax pela Sul-Americana

    Ângelo e Joaquim alegam terem sido sofrido injúria racial em partida dessa quarta (24)

    Ângelo afirma ter sido chamado de "macaco" pela torcida chilena
    Ângelo afirma ter sido chamado de "macaco" pela torcida chilena Raul Baretta/Santos FC

    Sofia Gontijoda Itatiaia

    Dois jogadores do Santos denunciaram atos de racismo nessa quarta (24), na derrota do Peixe por 2 a 1 contra o Audax Italiano pela quarta rodada da fase de grupos da Copa Sul-Americana. Ângelo e Joaquim foram alvo de ofensas racistas proferidos pela torcida do time chileno. Em nota oficial, o Santos repudiou a situação.

    Um torcedor me xingou de mono, hijo de puta e faz gestos de macaco.

    Ângelo, atacante do Santos

     

    Em entrevista após a partida, Ângelo relatou que ao ataques ocorreram no momento em que foi substituído ao sair pela lateral do campo. “Quando fui chegando perto da bandeirinha para sair, um torcedor me xingou de “mono, hijo de puta” e faz gestos de macaco. Acabei xingando ele de volta e pedi para o auxiliar fazer algo”, disse o jogador.

    Ângelo ainda cobrou atitudes da Conmebol e citou o caso sofrido por Vini. Jr no último domingo (21). “Basta disso, de racismo, de ser cúmplice. Só falar. Tem que começar a ter atitude, punição. Algo que as pessoas olhem e falem que não pode haver mais, que tem que respeitar as pessoas. Não só no futebol, em todos os esportes, no dia a dia. As pessoas não aprendem. É incrível como aconteceu recentemente com o Vinícius Jr. e aconteceu agora. Aconteceu na Libertadores também. É incrível como o ser humano não aprende. Está aqui minha indignação, espero que a Conmebol faça alguma coisa. Que seja atitude, não só comunicado ou hashtag. Tem que ter atitude”.

    No caso de Joaquim, as ofensas aconteceram fora de campo. De acordo com a denúncia do clube santista, o jogador foi atacado verbalmente por torcedores do Audax Italiano em uma área no 4° andar do estádio.

    Odair Hellmann saiu em defesa dos jogadores e se pronunciou após a partida. O técnico cobrou punições das entidades responsáveis e disse que tomaria atitudes mais severas.

    “Que a Conmebol, que a Fifa, que a CBF busque e puna. Se não tiver punição, vai continuar. É um sofrimento histórico, irreparável. A sociedade como um todo não aceita mais. Se depender de mim, como treinador de jogo, a gente sai de campo. Eu tenho que respeitar a direção, isso não cabe a mim, mas o meu posicionamento é de tirar o time de campo” – disse o treinador.