Rodada do Brasileirão feminino tem protestos contra técnico acusado de assédio
Demitido por acusações, Kleiton Lima voltou ao comando time feminino do Santos
Jogadoras do Palmeiras, Avaí e Corinthians protestaram, durante jogos da rodada do Brasileirão Feminino nesta sexta-feira (12), contra o retorno de Kleiton Lima ao comando técnico do time feminino do Santos. Ele foi recontratado após demissão causada por acusações de assédio.
No jogo entre Santos e Corinthians, na Vila Belmiro, as brabas protestaram contra o técnico que estava em campo. Elas colocaram as mãos sobre a boca e ouvidos durante o Hino Nacional. O Corinthians venceu o jogo por 3 a 1 e segue em campanha invicta no Brasileiro. Não houve protesto das Sereias da Vila.
Na partida entre Palmeiras e Avaí, em Jundiaí, as jogadoras taparam a boca antes do início da partida e se juntaram para uma fotografia. As jogadoras Letícia, do Palmeiras, e Siméia, do Avaí, ficaram de costas e exibiram o número 19 de suas camisas, em referência a uma publicação do site “ge” sobre 19 cartas com acusações de assédio contra Kleiton Lima. O Palmeiras venceu por 4 a 0
https://twitter.com/centralsepfem/status/1778924685943517428
No dia 2 de abril, o Santos anunciou o regresso do treinador que substituiu Bruno Silva, demitido por uma sequência ruim nos quatro primeiros jogos do Brasileirão. Kleiton Lima foi demitido em setembro de 2023 após as acusações. O Santos é o 12º colocado com 4 pontos, um a mais que o Flamengo, o primeiro time da zona de rebaixamento.
Relembre o caso
O elenco de atletas do Peixe se reuniu para, por meio de cartas enviadas à diretoria, alegar assédio moral e sexual durante as atividades no CT Rei Pelé. O UOL divulgou a noticia inicialmente. O comandante, por sua vez, negou as acusações.
Em nota, Kleiton afirmou que as denúncias lhe causaram “estranheza e revolta”. Ele ainda afirmou que não se demitiu e que colocou o cargo “à disposição” após tomar conhecimento das reclamações do elenco do Santos.
Kleiton Lima entrou com um processo, que foi arquivado. A defesa do técnico, contestando o arquivamento, pediu a abertura de um inquérito policial, focando em uma carta específica que menciona um incidente em uma feira, alegando ter sido vítima de calúnia, sustentando que a atleta Luciana Ortega teria escrito cartas anônimas com denúncias de assédio moral e sexual.