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    Palmeiras classifica nota da CBF como “agressiva” e defende auxiliar de Abel

    Clube rebateu nota oficial da CBF, nesta segunda-feira (3), com nota que faz questionamentos à entidade

    Mateus Pinheiroda Itatiaia

    O Palmeiras rebateu nota oficial da CBF nesta segunda-feira (3), com nota que faz questionamentos à entidade, e defende o auxiliar de Abel Ferreira no Palmeiras, João Martins, que detonou a arbitragem no empate por 2 a 2 contra o Athletico, na tarde do último domingo (2) na Ligga Arena, em Curitiba. Na ocasião, João citou que o ‘sistema’ não quer que o Verdão conquiste o Brasileirão.

    Nesta segunda mesmo, em resposta à CBF, o Palmeiras classificou a nota oficial da CBF como “agressiva”, fez perguntas diretas sobre a não expulsão de Zé Ivaldo após cotovelada em Endrick, o motivo da nota ser direcionada ao clube, além de relembrar o caso de erro do VAR na Copa do Brasil de 2022, antes do confronto desta quarta-feira pelo mesmo torneio, nas quartas de final.

    “Pela saúde mental da comissão técnica, ainda bem que sou eu hoje aqui. Nós entendemos que o futebol brasileiro passa uma imagem do futebol mais competitivo do mundo porque ganham vários. Mas ganham vários porque muitas vezes não deixam os melhores ganhar. Mais uma vez o que aconteceu hoje. Entendemos que é ruim para o sistema o Palmeiras ganhar dois anos seguidos”, disse Martins no último domingo após empate com o Athletico.

    Através de nota oficial, a CBF, nesta segunda-feira (3), afirmou que “o ato lamentável foi muito além das reclamações semanais da arbitragem” e acusou João Martins de xenofobia, alegando que ele diminuiu a relevância e importância do torneio nacional no continente europeu.

    Veja a nota do Palmeiras na íntegra:

    Diante da agressiva nota oficial divulgada nesta segunda-feira (3) pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), a Sociedade Esportiva Palmeiras propõe alguns questionamentos, sempre no sentido de defender os direitos do clube e contribuir com a melhora do produto futebol:

    – Por que o comunicado da CBF é endereçado exclusivamente ao Palmeiras, sendo que profissionais de outra equipe da Série A fizeram, também ontem, comentários semelhantes aos do auxiliar técnico João Martins?

    – Por que a opinião de um profissional português sobre o futebol brasileiro causou tanto desconforto à CBF se a própria entidade, como é de conhecimento público, busca um treinador estrangeiro para comandar a Seleção Brasileira?

    – Qual teria sido a conduta “xenofóbica” de João Martins? Elogiar a qualidade dos jogadores brasileiros?

    – Se a gestão da Comissão de Arbitragem investe tanto assim em tecnologia, por que o nosso VAR é incapaz de apontar objetivamente se uma bola ultrapassou ou não a linha de gol, como aconteceu no recente duelo entre Palmeiras e Bahia, pelo Brasileiro?

    – Por que o atleta Zé Ivaldo, do Athletico-PR, não foi expulso ontem, após acertar uma cotovelada na nuca do atacante Endrick, em lance revisado pelo VAR?

    – Por que no jogo entre Palmeiras e São Paulo, pela Copa do Brasil de 2022, o VAR não traçou a linha de impedimento no lance que originou o gol do nosso adversário e que nos custou a eliminação? Por que a imagem da revisão desta jogada sumiu?

    – Por que a Comissão de Arbitragem da CBF, presidida por Wilson Seneme, nunca pediu desculpas ao Palmeiras pelo erro grave cometido pelo VAR na Copa do Brasil do ano passado?

    – Por que o Palmeiras, na rodada seguinte após a mais recente Data Fifa, não pôde contar com nenhum de seus três atletas convocados para a Seleção Brasileira?

    A Sociedade Esportiva Palmeiras, ao longo dos anos, sempre se preocupou em construir uma relação de saudável parceria com a Confederação Brasileira de Futebol. Há cerca de três semanas, a presidente Leila Pereira esteve na sede da entidade, no Rio de Janeiro (RJ), para conversar com Wilson Seneme, de quem ouviu a promessa de melhorias imediatas na arbitragem.

    Na semana seguinte, o vice-presidente da Comissão de Arbitragem, Emerson Carvalho, e o gerente técnico do VAR, Periclés Bassols, chegaram a realizar uma palestra para os profissionais do clube na Academia de Futebol, também com a presença da presidente Leila Pereira.

    Contudo, diante da nota oficial divulgada pela CBF e dos reiterados erros graves cometidos contra o Palmeiras, entendemos ser este o momento oportuno de demonstrar, em público, a nossa indignação. Não queremos ser beneficiados, mas exigimos que as regras sejam aplicadas com isonomia.

    Confiamos na independência do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), evocado pela CBF, e temos convicção de que o órgão dará ao auxiliar João Martins o tratamento equilibrado que lhe compete.

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