À CNN, Leila revela que Crefisa patrocinou Palmeiras após assédio do São Paulo
Ideia de patrocinar o Verdão surgiu a partir de tentativa do rival; revelação foi feita ao programa CNN Esportes S/A
Presidente do Palmeiras e também da Crefisa, Leila Pereira revelou neste domingo (4), durante o programa CNN Esportes S/A, apresentado por João Vitor Xaxier, que só decidiu patrocinar o clube do coração, em 2015, após uma tentativa do rival São Paulo de ser apoiado pela empresa do ramo de crédito para negativados.
Em 2015, o São Paulo nos procurou para patrocinarmos eles, mas eu não teria coragem, porque somos (ela e o marido) muito palmeirenses.
Leila Pereira, presidente do Palmeiras
À época, o único patrocínio da Crefisa era com o São Bernardo. A empresa, então, entrou na mira do departamento de marketing do São Paulo, que buscava novos parceiros para o futebol.
Leila contou que, imediatamente, passou a conversar com seu marido, José Roberto Lamacchia, sobre a possibilidade de patrocinar o Palmeiras, clube do coração de ambos. O Palmeiras vivia uma crise financeira muito grande e já não tinha patrocinador máster havia dois anos.
Em 2014, o clube ainda havia feito uma campanha muito modesta no Campeonato Brasileiro e terminou em 16º, com 40 pontos. “O clube estava numa situação difícil e ele (José Roberto Lamacchia), disse ok. Liga para o Palmeiras e vamos conversar com o presidente. Liguei para o PABX (telefone fixo principal) do Palmeiras e não acreditaram. Não passaram para o presidente da época” – lembrou.
“Eu insisti, falei com gerente de marketing. No mesmo dia, ele marcou à tarde com o presidente da época. Fomos lá. Quando fui no carro, já tinha na minha cabeça, pois eu sei exatamente o que quero. Algumas pessoas têm dificuldade de decidir. Eu não. Vou patrocinar, preciso ajudar o Palmeiras, a situação estava horrorosa. Os atletas não queriam jogar no Palmeiras”, contou a presidente.
Leila Pereira considera que aquele acordo com o Palmeiras ajudou a transformar o clube em um dos mais poderosos do país. “Foi 2015, outro dia”. Na visão da empresária e mandatária do Palmeiras, o que afasta muitos apoiadores do futebol são as gestões pouco profissionais dos clubes.
“É um bom negócio investir no futebol. Claro que é. As empresas têm dificuldade de investir no futebol, por causa da credibilidade do futebol. Empresário não quer vincular suas marcas com clube mal administrado. A Crefisa mudou a história do Palmeiras, mas a recíproca é verdadeira. O Palmeiras é extremamente importante para a Crefisa, pela visibilidade da marca, ainda mais um clube vitorioso como o Palmeiras”.
