Países da União Europeia elogiam Uefa em repúdio à Superliga
Clubes de elite ingleses, franceses e italianos haviam se juntado para criação de nova entidade
Da Espanha à Itália, países europeus deram total apoio à Uefa (União das Federações Europeias de Futebol) sobre a rebelde Superliga Europeia no principal tribunal da Europa, elogiando seu modelo aberto e importância social e educacional.
Os comentários dos países em uma audiência de dois dias no Tribunal de Justiça da União Europeia sublinham os altos riscos envolvidos para a Uefa e outros órgãos esportivos com poder de monopólio e direitos de mídia lucrativos e que buscam afastar adversários.
O endosso dos países à Uefa, o que representa um apelo para preservar o status quo, sugere que o Tribunal precisaria levar em conta os aspectos sociais e econômicos do caso e não apenas os argumentos legais e antitruste.
A Superliga acusou a Uefa de abusar de seu poder de bloquear eventos rivais e penalizar jogadores e clubes.
A Superliga entrou em colapso no ano passado apenas dois dias após seu anúncio, quando clubes de elite ingleses, franceses e italianos se retiraram após protestos de torcedores e governos, deixando apenas Real Madrid, Barcelona e Juventus.
A Hungria disse que a Uefa representa os valores do Modelo Europeu do Desporto na proteção da integridade física e moral dos jogadores e na competição baseada no mérito.
“Esses são valores que a Uefa e a Fifa seguem, tanto na organização do esporte quanto na realocação de receitas”, disse a advogada húngara Ester Gyarmati ao painel de 15 juízes no segundo dia da audiência.
O Tribunal emitirá sua decisão no próximo ano.