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    Novo documentário sobre Pelé é parte da ‘era de ouro’ do cinema esportivo

    Filme retrata as três vitórias em Copas do Mundo do Brasil em que Pelé fazia parte da equipe

    Andrew Downie, , da Reuters

    Um novo filme sobre Pelé é a última novidade em uma série de documentários que vem sendo descrita como a “era de ouro” dos filmes esportivos.

    Documentários sobre o ícone do basquete americano Michael Jordan, o craque argentino Diego Maradona e o tricampeão mundial da Fórmula 1 Ayrton Senna hipnotizaram os fãs com suas visões dos bastidores da performance e personalidade das maiores estrelas do esporte no mundo.

    O filme “Pelé”, lançado nesta terça-feira (23) na Netflix, procura dar esse mesmo tratamento a um homem que é sinônimo de Brasil.

    “Eu acredito que pensamos que ele é o cara que todos, inclusive os fãs de futebol, tinham um conhecimento superficial sobre”, disse o co-diretor Ben Nicholas para a Reuters. “Mas queríamos muito explicar como um jovem jogador se transformou no profissional mítico que ele é”.

    O filme é focado no período entre 1958 e 1970, quando o Brasil venceu três de quatro Copas do Mundo e se estabeleceu como o “país do futebol”.

    Fora de campo, retrata o auge da popularidade da cultura brasileira no exterior no final da década de 50, que deu lugar a tempos obscuros após um golpe militar em 1964.

    O foco principal ainda é o papel de Pelé nos três triunfos nas Copas do Mundo, particularmente a de 1970, quando liderou um dos considerados melhores times da história para a vitória no México.

    O triunfo, disseram os diretores, foi vital na criação do mito Pelé. Após estrelar na Copa do Mundo com apenas 17 anos em 1958, Pelé sofreu um ferimento no segundo jogo em 1962 e não pôde participar da maior parte da competição.

     

    Ele se machucou novamente no torneio de 1966 na Inglaterra e ameaçou nunca mais jogar em uma Copa do Mundo. Pelé mudou de ideia, entretanto, decidindo liderar o Brasil à vitória em 1970, cimentando seu status de lenda.

    “Se nem Pelé, nem Brasil, tivessem vencido em 1970, ele não teria se tornado Pelé e o Brasil não teria virado o Brasil do futebol”, disse o co-diretor David Tryhorn. “Esse foi o selo da identidade de Pelé e do país.”

    O longa de 108 minutos evita comparações com Maradona, Lionel Messi ou Cristiano Ronaldo, três jogadores normalmente citados como rivais de Pelé no título de melhor jogador de todos os tempos.

    O tributo é focado no pioneirismo de Pelé.

    “Realmente não importa se alguém que tenha vindo depois seja melhor que Pelé,” disse Tryhorn.

    “Talvez Messi seja, ou Ronaldo. Mas a única coisa que nenhum deles pode fazer é trilhar o caminho que ele trilhou. Eu sei que houveram grandes jogadores antes dele, mas ele foi o verdadeiro pioneiro, ele foi o Elvis, o Neil Armstrong”.

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