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    Justiça afasta 777 Partners da SAF do Vasco após pedido da Associação

    Associação entrou com pedido por empresa ‘atuar abusivamente’ e ocultar ‘informações vitais’

    Guilherme AbrahãoMatheus Muratorida Itatiaia

    O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) acatou, na noite desta quarta-feira (15), um pedido da Associação do Vasco da Gama contra a 777 Partners para afastar a empresa, sócia-majoritária, da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) vascaína. A medida foi deferida em caráter liminar.

    A informação foi antecipada pelo O Globo e confirmada pela Itatiaia, que teve acesso ao documento. A decisão foi assinada pelo juiz Paulo Assed Estefan e suspende “os direitos societários (políticos e patrimoniais) da 777”.

    A área associativa do Vasco relatou: “Apesar dos compromissos contratuais estabelecidos quando da realização do negócio, a primeira requerida deles se afastou, passando a atuar abusivamente e ocultando informações vitais”, diz trecho do documento.

    O clube também citou resultados esportivos, além de “artimanhas financeiras”. “Além dos pífios resultados esportivos da equipe vascaína de futebol, decorrente da má gestão, foram descobertas diversas artimanhas financeiras que arruínam a cada dia as finanças da sociedade, todas ao arrepio do contratado e sem que tenham sido ouvidos os demais personagens do trato”.

    O juiz concluiu da seguinte forma: “DEFIRO a cautelar requerida e SUSPENDO os efeitos do CONTRATO DE INVESTIMENTOS e do ACORDO DE ACIONISTAS, que concedem o atual controle da VASCO DA GAMA SOCIEDADE ANÔNIMA DO FUTEBOL à. Com isso, estão suspensos, também, os direitos societários (políticos e patrimoniais) da 777 CARIOCA LLC e devolvido o controle da companhia ao CLUB DE REGATAS VASCO DA GAMA, afastando-se os conselheiros indicados pela 777 CARIOCA LLC do Conselho de Administração da SAF”.

    A Justiça também nomeou uma empresa, a Swotglobal Consulting, para elaborar um laudo econômico-financeira sobre as operações da SAF do Vasco, controlada desde fevereiro de 2022. A decisão do TJRJ cabe recurso. O Vasco não se manifestou sobre o caso até a publicação desta reportagem.

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