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    Incêndio no CT do Flamengo completa cinco anos; oito réus respondem na Justiça

    Eduardo Bandeira de Mello, ex-presidente rubro-negro, é um deles

    Ninho do Urubu, CT do Flamengo, local da tragédia
    Ninho do Urubu, CT do Flamengo, local da tragédia Matheus Dantas / Itatiaia

    Matheus Dantasda Itatiaia

    Cinco anos passaram-se do dia 8 de fevereiro de 2019, quando 10 jovens das categorias de base do Flamengo foram vítimas de um incêndio nos alojamentos do Ninho do Urubu. O caso segue na Justiça desde então. Oito são os acusados pelo Ministério Público, mas ainda não há data para a realização da próxima audiência. O episódio corre na 36ª Vara Criminal do Rio de Janeiro.

    Eduardo Bandeira de Mello (ex-presidente do Flamengo), Márcio Garotti (ex-diretor de meios), Marcelo Sá (engenheiro), Claudia Pereira Rodrigues (da empresa NHJ, que forneceu os contêineres ao clube), Weslley Gimenes (NHJ), Danilo da Silva Duarte (NHJ), Fabio Hilário da Silva (NHJ) e Edson Colman da Silva (técnico em refrigeração) respondem pelo crime de incêndio culposo (sem intenção) qualificado, pelas mortes e pela lesão corporal dos três jovens que sobreviveram.

    Carlos Noval, atual gerente de transição do Flamengo, e Luiz Felipe Pondé, engenheiro, tiveram a denúncia contra eles rejeitada por falta de provas, o que, após recursos do MP, foi confirmado pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro em 29 de março do ano passado. Marcus Vinicius Medeiros, monitor do Flamengo na ocasião, foi absolvido sumariamente, o que também foi confirmado pelo Tribunal em 15 de março de 2022.

    “Restou demonstrada ainda a ausência de vínculo temporal e espacial dos ora embargantes com o futebol de base ou com o próprio Flamengo de modo a poderem impedir o resultado – observe-se que o embargante Carlos não mais atuava como diretor do futebol de base fazia onze meses, e o embargante Luiz, engenheiro civil júnior, há dez meses já não era empregado contratado do clube, verificando-se inclusive a contratação de outro engenheiro que parece igualmente ter atuado em negociação com a empresa NHJ”, diz trecho da decisão da Justiça que retirou as denúncias contra Carlos Noval e Luiz Felipe Pondé.

    “A par da ausência de demonstração efetiva de que violaram dever de cuidado que lhes era pertinente, é inequívoco que à época em que o resultado danoso se concretizou os embargantes não mais dispunham de meios para impedi-lo. Nestes termos, não se pode ter como infirmada a decisão proferida em 1º grau, devendo prevalecer o voto vencido, que mantinha a decisão de rejeição da denúncia em relação aos embargantes”, segue o documento, ao qual a reportagem da Itatiaia teve acesso.

    As vítimas do incêndio no Ninho do UrubuO incêndio no alojamento das divisões de base do Flamengo, em 8 de fevereiro de 2019, são: Athila Paixão (14 anos), Arthur Vinícius (14), Bernardo Pisetta (14), Christian Esmério (15), Gedson Santos (14), Jorge Eduardo Santos (15), Pablo Henrique (14), Rykelmo de Souza (16), Samuel Thomas Rosa (15) e Vitor Isaías (15).

    Outros 16 jovens estavam no local na data do ocorrido e escaparam com vida. Jhonata Ventura, Dyogo Alves e Cauan Emanuel sofreram lesões, mas recuperaram-se e seguem ligados ao futebol.

    Jonatha ocupa cargo no departamento de scout rubro-negro. Dyogo Alves é goleiro e está integrado ao elenco profissional, enquanto Cauan Emanuel defende o Fortaleza. O atacante retornou ao estado natal com a família e atua nas divisões de base do Leão desde 2021.

    Flamengo tem acordo com nove famílias

    O Flamengo entrou em acordo com nove das dez famílias da vítimas fatais do incêndio do Ninho do Urubu. A exceção é com a família de Christian Esmério, que não aceitou o valor proposto pelo clube para indenização e segue na Justiça.

    Na véspera do acidente completar cinco anos, a diretoria do Flamengo se posicionou através de uma nota, na qual reforçou que presta assistência financeira e psicológica às famílias.

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    Este conteúdo foi criado originalmente em Itatiaia.

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