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    Ídolo do futebol italiano, Gianluca Vialli morre de câncer aos 58 anos

    Vialli, que teve uma carreira estelar com Sampdoria, Juventus e Chelsea e somou 59 partidas pela seleção da Itália, foi diagnosticado com câncer no pâncreas em 2017

    Reprodução/ Sampdoria

    Keith WeirAlvise Armellinida Reuters

    em Milão

    O ex-astro do futebol italiano Gianluca Vialli morreu de câncer aos 58 anos, informou seu ex-clube Sampdoria nesta sexta-feira (6).

    Pelo Twitter, a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, lamentou o falecimento: “Não esqueceremos seus gols, seus lendários chutes de bicicleta, a alegria e a emoção que você deu a toda a nação naquele abraço com Mancini após a vitória na Euro.”


    “Mas não vamos esquecer, acima de tudo, o homem. A Deus, Gianluca Vialli, o Rei Leão em campo e na vida”, concluiu a premiê.

    Vialli, que teve uma carreira estelar com Sampdoria, Juventus e Chelsea e somou 59 partidas pela seleção da Itália, foi diagnosticado com câncer no pâncreas em 2017. Ele estava curado um ano depois, mas a doença retornou.

    “Sei que provavelmente não morrerei de velhice, espero viver o máximo possível, mas me sinto muito mais frágil do que antes”, disse Vialli em um documentário da Netflix exibido em março de 2022.

    Ele descreveu o câncer como “um companheiro de viagem” que esperava que eventualmente o deixasse em paz, depois de testar sua coragem.

    “A doença pode ensinar muito sobre quem você é e pode levá-lo a ir além da maneira superficial como vivemos”, disse ele.

    No entanto, Vialli foi forçado a renunciar ao cargo de chefe de delegação da seleção italiana no mês passado, dizendo que precisava se concentrar em superar uma nova fase de sua doença.

    Trabalhando com a seleção italiana, Vialli se reencontrou com o técnico da seleção, Roberto Mancini, um amigo de longa data e parceiro de ataque quando ambos jogaram pela Sampdoria, onde eram conhecidos como “os gêmeos do gol”.

    Vialli e Mancini levaram os italianos ao torneio Euro 2020 em 2021, levantando o troféu no Estádio de Wembley, onde, 29 anos antes, sua equipe da Sampdoria havia perdido a final da Copa da Europa para o Barcelona.

    Eles comemoraram o ano passado com um abraço choroso que “foi mais bonito do que os abraços que costumávamos dar um ao outro quando passei a bola para ele e ele marcou gols”, disse Vialli em entrevista à TV italiana RAI em novembro.

    Sucesso na Sampdoria

    Filho de um rico industrial, Vialli surgiu pela primeira vez como um jovem jogador no time local Cremonese, nas terceira e segunda divisões da Itália.

    Ele se mudou para a Sampdoria em 1984 e ajudou o clube a ter o período de maior sucesso de sua história, conquistando a Copa da Itália três vezes.

    Vialli marcou dois gols na vitória da Sampdoria sobre o Anderlecht por 2 a 0 em 1990, conquistando a Taça dos Vencedores das Copas.

    Ele também desempenhou um papel importante quando a Sampdoria conquistou o título da Série A em 1991 pela primeira e única vez em sua história, marcando 19 gols.

    Vialli deixou o clube de Gênova no verão de 1992, mudando-se para a Juventus, onde, após um início lento, redescobriu seu toque de goleador e ajudou os gigantes de Turim a vencer o campeonato italiano em 1995 e a Liga dos Campeões na temporada seguinte.

    Ele ingressou no clube londrino Chelsea por transferência gratuita em 1996 e tornou-se técnico dois anos depois, quando o holandês Ruud Gullit foi demitido.

    Sob Vialli, o Chelsea venceu a Copa da Liga e a Copa das Copas em 1998 e a FA Cup dois anos depois, antes de ele também ser demitido.

    Sua última função gerencial foi no comando do Watford na segunda divisão inglesa em 2001-2002.

    Depois de deixar a gestão da equipe, Vialli co-fundou a empresa de investimentos esportivos Tifosy Capital.

    Vialli deixa esposa e duas filhas.