Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Uefa decide transferir final da Champions League da Rússia para França

    Jogo que aconteceria em São Petersburgo, no dia 28 de maio, foi transferido para o Stade de France, em Paris

    Chelsea FC comemora último título da Champions League.
    Chelsea FC comemora último título da Champions League. David Ramos/Gettyimages

    Léo Lopesda CNN

    em São Paulo

    Após reunião do Comitê Executivo da Uefa, na manhã desta sexta-feira (25), a entidade decidiu por transferir a final da Champions League, marcada para o dia 28 de maio.

    O jogo que até então aconteceria em São Petersburgo, na Rússia, agora acontecerá no Stade de France, em Paris.

    “A Uefa deseja expressar os seus agradecimentos e apreço ao Presidente da República Francesa, Emmanuel Macron, pelo seu apoio pessoal e empenho em transferir o jogo mais prestigiado do futebol europeu de clubes para França num momento de crise sem precedentes”, informou a instituição em nota.

    Futebol na Ucrânia

    A Uefa ainda afirmou que, em parceria com o governo francês, “apoiará totalmente os esforços de várias partes interessadas para garantir o resgate de jogadores de futebol e suas famílias na Ucrânia”.

    O Comitê Executivo da entidade também decidiu que clubes e seleções da Rússia e da Ucrânia deverão realizar em estádios neutros os jogos que seriam “em casa”. A medida entra em vigor imediatamente e dura “até nova ordem”.

    “O Comitê Executivo da Uefa decidiu ainda permanecer de prontidão para convocar novas reuniões extraordinárias, regularmente sempre que necessário, para reavaliar a situação legal e factual à medida que evolui e adotar novas decisões conforme necessário”, conclui o comunicado.

    Entenda o conflito

    Após meses de escalada militar e intemperança na fronteira com a Ucrânia, a Rússia atacou o país do Leste Europeu. No amanhecer desta quinta-feira (24), as forças russas começaram a bombardear diversas regiões do país – acompanhe a repercussão ao vivo na CNN.

    Horas mais cedo, o presidente russo, Vladimir Putin, autorizou uma “operação militar especial” na região de Donbas (ao Leste da Ucrânia, onde estão as regiões separatistas de Luhansk e Donetsk, as quais ele reconheceu independência).

    O que se viu nas horas a seguir, porém, foi um ataque a quase todo o território ucraniano, com explosões em várias cidades, incluindo a capital Kiev.

    De acordo com autoridades ucranianas, dezenas de mortes foram confirmadas nos exércitos dos dois países.

    Em seu pronunciamento antes do ataque, Putin justificou a ação ao afirmar que a Rússia não poderia “tolerar ameaças da Ucrânia”. Putin recomendou aos soldados ucranianos que “larguem suas armas e voltem para casa”. O líder russo afirmou ainda que não aceitará nenhum tipo de interferência estrangeira.

    Esse ataque ao ex-vizinho soviético ameaça desestabilizar a Europa e envolver os Estados Unidos.

    A Rússia vem reforçando seu controle militar em torno da Ucrânia desde o ano passado, acumulando dezenas de milhares de tropas, equipamentos e artilharia nas portas do país.

    Nas últimas semanas, os esforços diplomáticos para acalmar as tensões não tiveram êxito.

    A escalada no conflito de anos entre a Rússia e a Ucrânia desencadeou a maior crise de segurança no continente desde a Guerra Fria, levantando o espectro de um confronto perigoso entre as potências ocidentais e Moscou.

    (Com informações de Sarah Marsh e Madeline Chambers, da Reuters, e de Eliza Mackintosh, da CNN)