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    Entenda por que a Copa 2026 atrasa anúncio de estádios da Copa América 2024

    Confusão sobre patrocínios nas arenas dos EUA complica calendário do Mundial, e afeta sedes do torneio continental

    Marcel Rizzoda Itatiaia

    A Copa América de 2024 será nos EUA, de 20 de junho a 14 de julho do ano que vem. A pouco mais de sete meses do jogo de abertura, ainda não estão divulgadas as sedes da competição, que reunirá 16 participantes, dez da América do Sul, com Brasil e Argentina, e seis das Américas do Norte e Central.

    A Itatiaia apurou que essa demora está ligada diretamente a outro calendário que ainda não foi divulgado, o da Copa do Mundo de 2026, que será em sede compartilhada por EUA, México e Canadá.

    Os norte-americanos terão 11 estádios, já escolhidos, mas problemas relacionados ao marketing está dificultando a definição de quantos jogos cada sede terá, além de local da final e da abertura.

    Os donos do SoFi Stadium, que fica em Inglewood, na região de Los Angeles, na Califórnia, chegaram a ameaçar, há algumas semanas, desistir de receber o torneio. Alegam não ter garantias de que poderão conseguir patrocinadores locais suficientes que cubram o que devem gastar na organização da competição, cerca de US$ 100 milhões (R$ 490 milhões), e ainda obter algum lucro.

    A Fifa, historicamente, restringe a possibilidade das sedes faturarem com patrocínios diferentes daqueles que a entidade já tenha fechado para a competição. Uma exceção até foi aberta para a Copa na América do Norte, a pedido dos EUA.

    As Fan Fests, locais públicos nas cidades onde telões são colocados para o povão acompanhar as partidas, poderão ter um marketing local, administrado pelos comitês organizadores de cada sede.

    Mas no caso específico de Los Angeles, segundo a imprensa dos EUA, há dificuldades de acesso a parceiros por causa dos altos impostos cobrados. Além disso, o governo local não costuma ajudar a cobrir gastos com publicidade estatal.

    Com isso, o SoFi, moderno estádio da NFL, a liga de futebol americano, inaugurado em 2020 e candidato a receber a abertura ou a final da Copa, poderia até deixar de receber jogos da Copa do Mundo. E isso inviabilizou, até agora, a elaboração do calendário do Mundial.

    Mas e a Copa América?

    A organização da Copa América de 2024 tem três entes: Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol), Concacaf (Confederação das Américas do Norte e Central e a US Soccer, a federação dos EUA.

    Na prática, quem cuida da parte de logística são os norte-americanos, que gostariam de ter no torneio continental boa parte das sedes da Copa de 2026, para usar como um evento-teste.

    Não é uma posição obrigatória, portanto cidades que se candidataram ao Mundial e ficaram de fora, como Orlando (que até já se colocou como substituta se Los Angeles cair) podem aparecer como sede da Copa América. Mas há predileção por repetir o calendário do evento da Fifa ao máximo.

    Aí entra o problema. Como a Fifa não define detalhes da competição de sua responsabilidade, os organizadores da Copa América ficam de mãos atadas. Imagine, por exemplo, se o SoFi Stadium é anunciado para o campeonato continental, e logo depois se retira da Copa do Mundo? Ficaria confuso e, pior do que isso, talvez obrigasse Conmebol, Concacaf e US Soccer a mudar o calendário de um torneio que será em menos de um ano.

    Miami e o Hard Rock Stadium, como mostrou a Itatiaia, estão certos na Copa América. Muito pelo efeito Messi, que joga no Inter Miami. NovaYork/Nova Jersey e Dallas, que disputam com Los Angeles para receber a final da Copa do Mundo, também devem estar na Copa América.


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