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    Copa do Mundo 2034: Arábia Saudita terá que apresentar 14 estádios para o torneio

    País oficializou candidatura, que pode ser única, apesar de a Austrália ter interesse; sauditas são principais aliados da Fifa atualmente

    Marcel Rizzoda Itatiaia

    A Arábia Saudita oficializou nesta segunda-feira (9) sua candidatura à Copa do Mundo de 2034. Como a Fifa incluiu nas regras de que somente países da Ásia e da Oceania podem oferecer projetos, por causa um rodízio de continentes imposto, é possível que os sauditas sejam os únicos concorrentes, apesar de a Austrália ter demonstrado interesse.

    O país terá que apresentar em sua proposta um mínimo de 14 estádios aptos a sede das partidas, mais 72 centros de treinamento que possam receber as 48 seleções que participarão da competição. O Qatar, que está na mesma região dos sauditas na Ásia, no Oriente Médio, fez sua Copa de 2022, com 32 participantes, em oito arenas.

    A Itatiaia apurou que há na cúpula da Fifa entusiasmo pela candidatura da Arábia Saudita, e o principal motivo é que o país, hoje, está entre os principais aliados do presidente da federação internacional, Gianni Infantino.

    Foram os sauditas, em maio de 2021, que pediram para a Fifa criar um grupo de estudo que avaliasse a possibilidade de a Copa do Mundo ser a cada dois anos, e não mais em quatro. O plano, na verdade, havia nascido dentro da entidade, Infantino era o principal entusiasta, mas era preciso que uma federação nacional apresentasse o projeto, e a Arábia Saudita fez esse papel.

    A proposta fracassou, principalmente por boicote dos europeus. Mas aproximou de vez a cúpula da Fifa não só da federação saudita, mas do governo local. Nascia ali a ideia de que uma Copa pudesse ser realizada no país. Se pensou em 2030, mas a proximidade com o Mundial do Qatar em 2022, na mesma região, esfriou a ideia, que agora está lançada oficialmente para 2034.

    O problema é que a própria direção da Fifa, segundo apuração da reportagem, acha que a infraestrutura para uma Copa de 48 seleções talvez precise de mais de uma nação para ser realizada. Em 2026, já nesse formato, o campeonato será em três sedes na América do Norte: EUA, Canadá e México. Em 2030, a Copa será na Espanha, em Portugal e no Marrocos, além de ter três jogos festivos de inauguração na América do Sul (Uruguai, Argentina e Paraguai).

    Mas aí entram dois problemas, o político e a logística. O Oriente Médio é uma região cheia de conflitos, então fazer a Arábia Saudita dividir uma Copa com um vizinho é improvável. E ter sedes muitos distantes geograficamente, como os sauditas e os australianos juntos, por exemplo, tornaria o Mundial caótico para os deslocamentos das delegações e dos torcedores.

    Os sauditas planejam construir ao menos sete estádios para a competição.

    O projeto saudita

    Os interessados na Copa tem até 31 de outubro para oficializar isso, o que os sauditas já fizeram. Os projetos detalhados têm que ser enviados até julho de 2024, e a Fifa promete fazer a escolha em um Congresso extraordinário, no último trimestre do ano que vem.

    Segundo o governo da Arábia Saudita, a candidatura já recebeu o apoio de outras 70 federações. A intenção de receber a Copa do Mundo faz parte de uma série de ações que o país faz para ampliar sua conexão com o resto do mundo. Chamado de “Visão 2030”, o projeto tem o esporte como um de seus alicerces para transformar o país em um dos centros de grandes eventos globais.

    Ente 12 e 22 de dezembro de 2023, a Arábia Saudita será sede do Mundial de Clubes, o último no formato atual com sete participantes que ocorre desde 2005. Todos os jogos serão em Jeddah, cidade a 940 km da capital Riad.

    Os estádio usados serão o King Abdullah Sport City (para 60 mil pessoas) e o Prince Abdullah Al Faisal (para 30 mil espectadores). Fluminense ou Boca Juniors-ARG, quem vencer a final da Copa Libertadores em 4 de novembro, no Maracanã, estará neste torneio, junto com o Manchester City-ING.


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