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    Futebol feminino brasileiro enfrenta o Canadá em clima de revanche por 2016

    Seleção de Pia Sundhage não tem desfalques no time titular; encontro entreMarta e Sinclair, artilheiras históricas das Olimpíadas, aquece o confronto

    De Leandro Iamin, colaboração para a CNN

     

    Agora é eliminatório. O Brasil enfrenta às 5h desta sexta, em Miyagi, pelas quartas de final, a mesma seleção que tirou o bronze da seleção, em Itaquera, nas Olimpíadas de 2016: o Canadá, velho e repetitivo rival, está mais uma vez no caminho.

    Sem desfalques no time titular habitual (Poliana, por concussão, deve estar fora), Pia Sundhage ganhou, ao longo da primeira fase, confiança em substitutas como Ludmila e Andressa Alves. Na quase certeza de que Formiga não deve jogar os 90 minutos, também é está cotada a entrada de Angelina no decorrer do duelo. O Brasil deve alinhar com Bárbara; Bruna, Erika, Rafa e Tamires; Formiga, Andressinha, Duda e Marta; Debinha e Bia.

     

    Em relação a escalação na derrota olímpica de cinco anos atrás, são seis nomes repetidos: Bárbara, Rafa, Tamires, Formiga, Marta e Bia. O time canadense, por sua vez, tem a goleira Labbe, a zagueira Buchanan, a lateral esquerda Lawrence e a meia Rose entre as escaladas naquela ocasião que seguem no time de cima em Tóquio.

    Além, claro da mitológica Sinclair, 38 anos, autora de 12 gols na história olímpica, um a menos que Marta e dois atrás de Cristiane. Sinclair não participou do último jogo, e, portanto, chega descansada. Está confirmada para o jogo.

    A zagueira Erika, em encontro virtual com a imprensa, falou sobre a missão de marcar um mito e manter o recorde de gols em posse das brasileiras. “Passei ali do ladinho e a Sinclair estava ali, me deu um tapinha nas costas, disse ‘oi, Kika!’, que é como ela me chama, e deu uma piscadinha. Se eu segurar a Sinclair, a Cristiane e a Marta podem me pagar um jantar”.

    Outra estrela canadense atende por Labbe, que, aliás, protagonizou a principal imagem da campanha canadense, na primeira rodada, quando, no empate em 1 a 1 contra o Japão, cometeu um pênalti e se lesionou no mesmo lance, mas ficou em campo e, no sacrifício, defendeu a penalidade antes de ser enfim substituída. Labbe tem 34 anos e atua na Suécia.

     

    Falando em goleira…

    Bárbara está pressionada no gol do Brasil, pois chamou para si ainda mais olhares do que habitualmente recebe. Na manhã de quarta (28), Andréa Pontes, atleta de paracanoagem, sugeriu em sua rede social que a seleção de futebol trocasse de goleira, colocando, no lugar da Bárbara, a goleira do time de handball, também de nome Bárbara.

    A camisa 1 da seleção, então, respondeu de forma agressiva, provocando uma discussão pública constrangedora. Bárbara chegou a escrever “cada um com suas limitações, né”, uma mensagem capacitista contra uma para-atleta, que, por sua vez, chamou a goleira de “cheinha”, sugerindo que a goleira está acima do peso.

     

    Às 23h do mesmo dia, o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) lançou nota em seu site sobre o uso das redes sociais por parte de atletas olímpicos. A nota começou da seguinte forma: “O COB acredita que o período dos Jogos Olímpicos seja de muita emoção e extrema sensibilidade. Os ânimos ficam exaltados e é fácil ser absorvido pelas redes sociais”.

    A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) não se posicionou a respeito do incidente, e, na coletiva de imprensa, Pia Sundhage se recusou a comentar este ou qualquer outro tema que não fosse estritamente futebolístico.

    Confrontos

    Sob o comando de Pia, o Brasil está invicto contra as canadenses. Duas vitórias, dois empates, e 8 gols marcados contra só 2 sofridos. No último confronto, um mês antes das Olimpíadas, o duelo acabou em um frio 0x0 que em nada ajuda no diagnóstico do que vem aí em Miyagi.

    A jornada olímpica reserva outros três jogos, sendo o mais impactante dele outro caso de revanche: a Holanda, vice-campeã mundial, tem novo encontro eliminatório com os Estados Unidos, de quem perderam a final de Lyon em 2019. Na temperatura do jogo de agora, uma situação curiosa: são as americanas que passam por um raro momento de inconstância e as holandesas, com o melhor ataque dos Jogos, que chegam com a confiança em alta. O pontapé inicial é às 8h.

    Suécia e Japão também se encontram, às 7h, e colocam as anfitriãs diante da melhor campanha da competição até o momento. O massacre sueco sobre as americanas ainda ecoa pelo ambiente do futebol feminino. A Suécia é a atual medalha de prata.  

    E, por fim, às 6h acontece o encontro entre Grã-Bretanha, formado quase totalmente por atletas da seleção inglesa, contra a Austrália, cuja primeira fase foi muito competitiva no grupo mais difícil do torneio.

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