Vojvoda, do Fortaleza, sobre paralisação do Brasileirão: “CBF tem que decidir”
Treinador diz que, assim como ele tem responsabilidades para escalar seu time, confederação tem suas obrigações e precisa definir futuro da Série A
Para o técnico do Fortaleza, Juan Pablo Vojvoda, a direção da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) precisa decidir se haverá ou não a paralisação do Brasileirão.
O pedido foi feito, por meio de ofício, pelos três clubes gaúchos da Série A, Inter, Grêmio e Juventude, por causa das enchentes no Rio Grande do Sul que impendem os clubes de treinarem e se deslocarem. Jogadores e funcionários também trabalham no resgate de pessoas.
“Sou sincero, não tive tempo de pensar nisso, se é melhor parar. Acho que se a CBF tem dúvida, imagina eu. Isso não estava na minha mente, penso unicamente em futebol, na próxima partida, esqueço até de coisas familiares para me focar no próximo compromisso e e estava focado neste”, disse Vojvoda após o empate de 1 a 1 do Fortaleza contra o Botafogo, na Arena Castelão, na capital cearense, neste domingo (12), pela sexta rodada da Série A.
“Acho que a CBF tem que tomar as decisões que cabem a ela, como eu tomo minhas decisões como treinador, se joga esse ou aquele jogador. Eu não pergunto a um jornalista se tem que jogar o Lucero ou o Renato Kayzer, por exemplo. É uma decisão que cabe a mim. Então a CBF tem que tomar as decisões, por isso está nessa posição, e nós acataremos qual for essa decisão”, disse o argentino.
A CBF marcou para 27 de maio um Conselho Técnico dos 20 clubes da Série A para decidir sobre como será o calendário até o final do ano, com o adiamento de jogos dos clubes gaúchos até o fim de maio. Até lá não deve ocorrer qualquer paralisação de partidas de equipes de outros estados.
“Nos solidarizamos ao povo do Rio Grande do Sul, o clube [Fortaleza] está promovendo ações, todas as medidas possíveis de solidariedade”, disse Vojvoda.
No uniforme do Fortaleza no empate contra o Botafogo, neste domingo, aparecia uma chave pix da CUFA Brasil para arrecadar doações: doacoes@cufa.org.br. Os atletas usaram coletes da Defesa Civil na entrada no gramado e camisas com nomes das cidades atingidas pela tragédia. Também havia postos de arrecadação de alimento em dois portões de acesso da Arena Castelão.