Thiago Braz é o terceiro caso de doping por ostarina no Brasil em um mês; conheça a substância
Os jogadores de futebol Manoel e Rodrigo Moledo foram flagrados pela Conmebol nas últimas semanas
Substância que causou a suspensão preventiva de Thiago Braz por doping, a ostarina tem sido frequente em casos envolvendo atletas brasileiros. No espaço de pouco mais de um mês, três deles viraram notícia.
Além do campeão olímpico, os jogadores de futebol Manoel e Rodrigo Moledo também foram supostamente flagrados com a substância em exames antidoping nas últimas semanas. Ambos zagueiros, eles atuam por Fluminense e Internacional, respectivamente, e foram pegos em jogos da Copa Libertadores.
A ostarina ficou conhecida no Brasil, também, por causar a suspensão de Tandara Caixeta, oposta da Seleção Brasileira de Vôlei, às vésperas da semifinal dos Jogos Olímpicos Tóquio 2020.
Por que a ostarina é considerada doping
“A ostarina apresenta efeitos anabólicos muito semelhantes aos esteroides”, explica Renata Brasil, nutricionista esportiva, à CNN. “Ela atua exclusivamente dentro da célula muscular, o que promove esse ganho de força. Por isso, é muito utilizada também por fisiculturistas e praticantes de musculação”.
“Ela tem efeitos colaterais diferentes dos esteroides sintéticos, além de ter uma meia-vida mais curta, em média de 24 horas. A vantagem a ostarina, também, é que ela já começa a apresentar efeitos físicos para o rendimento, tanto de resistência quanto de ganho de força, em doses baixas, de até 3 miligramas, o que contribui para o aumento do seu uso”, concluiu Renata Brasil.
Substância tirou Tandara da Olimpíada
A ostarina é a mesma substância que fez Tandara Caixeta, oposta da Seleção Brasileira de Vôlei Feminino, deixar os Jogos Olímpicos de Tóquio antes da semifinal contra a Coreia do Sul.
Na época, a CNN ouviu especialistas em medicina esportiva, que explicaram o impacto da ostarina na performance de um atleta.
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Filipe Toledo está classificado para as Olimpíadas de Paris em 2024 • Divulgação/Instagram
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Tati Weston-Webb também já assegurou sua vaga e vai surfar nas Olimpíadas de Paris • Reprodução/Instagram
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Com os resultados na etapa de Teahupo’o, no Taiti, Chumbinho avança para as finais e fica com a segunda vaga olímpica do país • Divulgação/Instagram
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Barbara Domingos faz história na ginástica rítmica brasileira e vai para Paris em 2024 • Reprodução
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A Seleção Brasileira de conjunto garantiu a vaga olímpica na ginástica ritmica • Divulgação/Instagram
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Caio Bonfim é o atleta brasileiro que também está garantido nos Jogos Olímpicos pela marcha atlética • Reprodução/Instagram
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Érica Sena é a outra atleta de marcha atlética garantida nos jogos • Reprodução/Instagram
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Daniel Nascimento, maratonista brasileiro, já está garantido nas Olimpíadas de Paris • Reprodução/Instagram
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Ingrid Oliveira ficou entre as oito melhores no mundial de saltos ornamentais e garantiu sua vaga em Paris • Divulgação/Instagram
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Isaac Souza se classificou para a final da plataforma de 10m no Mundial de Esportes Aquáticos e conquistou mais uma vaga • Reprodução/Instagram
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Marcos D'Almeida classificou o Brasil no tiro com arco masculino individual e deve representar o Brasil em Paris • Reprodução
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Alison dos Santos é campeão mundial nos 400m com barreiras e deve, novamente, representar o Brasil nas Olimpíadas • Divulgação/Instagram
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Erik Cardoso bateu o recorde: foi o primeiro brasileiro a correr os 100m rasos abaixo de 10 segundos e garantir o índice olímpico • Reprodução
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Almir Cunha dos Santos também conseguiu índice olímpico e deve representar o Brasil no salto triplo • Reprodução
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Lucas Carvalho também tem o índice olímpico e ser um dos brasileiros que vai correr os 400m rasos em Paris • Reprodução
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Matheus Isaac está classificado para a Vela na categoria categorias IQFoil nos Jogos de Paris • Reprodução
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Bruno Lobo também está classificado para a Vela nas Olimpíadas, mas na categoria Fórmula Kite • Reprodução
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Isaquias Queiroz buscará sua quinta medalha olímpica na canoagem em Paris • Reprodução
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Brasil vaga no Tênis de Mesa nas equipes e no individual feminino • Reprodução/Instagram
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Equipe masculina de tênis de mesa também conquista vaga nos Jogos Olímpicos • reprodução/Instagram
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Ana Sátila ficou em quinto lugar no Mundial de canoagem Slalom e conquistou sua vaga nas Olimíadas na categoria C1 • Reprodução
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Seleção feminina de Vôlei vence Japão no Pré-Olímpico e está classificada para os Jogos Olímpicos • Reprodução
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Seleção Feminina de Rugby Sevens estará em Paris em 2024 • Reprodução
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Seleção Feminina de Futebol já está classificada para os jogos e vai em busca do terceiro ouro • Reprodução
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Omira Maria garante vaga olímpica no Mundial de Canoagem Slalom na categoria K1 • Reprodução
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A seleção feminina da Ginástica Artística conquista a vaga para Paris 2024 através das classificatórias no Mundial, em Antuérpia • Ricardo Bufolin/CBG
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Diogo Soares conquista a classificação na Ginástica Artística para os Jogos Olímpicos • Ricardo Bufolin/CBG
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A equipe brasileira de Hipismo Saltos garantiu vaga nos Jogos Olímpicos Paris 2024. Pedro Veniss, Stephan Barcha, Luciana Diniz e Rodrigo Pessoa conquistaram a 4ª colocação , à frente dos EUA, na Copa das Nações, em Barcelona. • reprodução
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Seleção masculina de Vôlei garante vaga olímpica no pré-olímpico da modalidade • Mauricio Val/FVImagem/CBV
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Isabela Abreu conquistou classificação para os Jogos Olímpicos Paris 2024 no Pentatlo Moderno. A brasileira terminou em 9° lugar na classificação geral da modalidade no Pan de Santiago 2023, garantindo uma das vagas sul-americanas reservadas. • Reprodução
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Ana Manchado e Marcus D'Almeida se classificam no Tiro com Arco Equipe Mista • Alexandre Loureiro/COB
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Ana Machado também conseguiu a classificação para Paris no Tiro com Arco Individual Feminino
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Martine Grael e Kahena Kunze estarão em Paris disputando na Vela 49erFX • Reprodução
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Samuel Albrecht e Gabi Nicolino, na Nacra 17, estão classificados na Vola de dupla Mista • Reprodução
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Bruna Takahashi e Vitor Ishiy classificam o Brasil para os Jogos Olímpicos 2024 no tênis de mesa de duplas mistas • Rafael Bello / COB
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A seleção feminina de handebol está classificada para os Jogos Olímpicos Paris 2024 • Bruno Ruas/CBH
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O Brasil conquista a classificação para os Jogos Olímpicos Paris 2024 Hipismo CCE • Luis Ruas/CBH
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Laura Pigossi vai para Paris pelo Tênis Individual Feminino • Gaspar Nóbrega/COB
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Beatriz Ferreira (foto) está classificada para Paris no Boxe Feminino, na categoria até 60kg. Também estão classificadas Jucielen Romeu (-57kg), Tatiana Chagas (-54kg), Caroline Almeida (-50kg), Barbara Santos (-66kg). No masculino, Abner Teixeira (+92kg), Wanderley Pereira (-80kg), Michael Trindade (-51kg) e Keno Marley (-92kg) • Wander Roberto/COB
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Por que a ostarina é proibida?
A substância é proibida em competição e fora de competição. É um tipo de anabolizante.
“Essa substância estimula a formação de músculos e, por isso, é considerado um doping. Aumenta a força e a potência muscular”, explicou Fernanda Lima, médica do esporte do ambulatório de medicina esportiva do Hospital das Clínicas da USP.
A médica afirmou que a ostarina não é uma medicação autorizada pela Anvisa e sua prescrição é proibida no Brasil. Dependendo da dose, substâncias desse tipo podem ficar até cinco dias no corpo, mas a média comum é de 12 a 36 horas.
É possível ingerir ostarina de forma acidental?
Sim, é possível, e as defesas costumam alegar isso em casos de doping. “Essas contaminações podem ser acidentais em caso de produto manipulado ou se o atleta usa suplemento que vem de fora e que não tem uma regulação pelo órgão do país”, diz Fernanda.
É comum a ocorrência de contaminação cruzada, quando o atleta faz uso de um suplemento ou medicamento e não sabia que estava contaminada com a substância proibida. Ainda assim, para as autoridades antidoping, o atleta é responsável por tudo que é encontrado em seu corpo.