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    Diniz faz mistério em escalação do Fluminense e pede paz entre as torcidas antes da final

    Treinador lamentou episódios ocorridos na última quinta-feira (2) e preferiu esconder o time que inicia a decisão da Copa Libertadores

    Guilherme Abrahão, Matheus Dantasda Itatiaia

    Fernando Diniz não quis saber de dar pistas sobre o Fluminense que encara o Boca Juniors-ARG, no sábado (4), no Maracanã, na final da Copa Libertadores. O técnico manteve o mistério sobre quem serão os escolhidos para iniciar o confronto que vale a taça continental.

    Ao que tudo indica, Diniz só tem uma dúvida para iniciar o confronto: John Kennedy, Alexsander ou Martinelli. Um dos três vai começar a decisão, mas a tendência é que a vaga seja do camisa 9, que é o vice-artilheiro do Flu no torneio, com três gols.

    “Diferente do Jorge Almirón (técnico do Boca), vocês vão ter que imaginar. Se a dúvida está aí, vou deixar. Com o John Kennedy, ganhamos profundidade. Com um cara mais no meio, em tese, você tem um recurso para preencher o meio. A base da minha estratégia é colocar o melhor time para cada jogo” , comentou ele, lembrando como foram os jogos com John Kennedy de titular:

    “Com o John Kennedy, aqui no Rio de Janeiro e lá com o Olimpia-PAR, não ficamos com menos gente no meio de campo. Ganhamos profundidade e não perdemos o meio de campo. Vou colocar o melhor time em campo. Já sei (o time), há um tempinho”, completou.

    Paz entre as torcidas

    Um dos assuntos que levou os holofotes antes da grande decisão foram as brigas entre as torcidas de Fluminense e Boca, nas ruas do Rio de Janeiro, nesta quinta-feira (2). Os conflitos fizeram com que a Conmebol convocasse uma reunião de emergência para discutir a questão de segurança.

    O Flu chegou a pedir um acordo para as organizadas. Assim como André, que falou mais cedo no CT Carlos Castilho, Fernando Diniz foi mais um a pedir paz e o fim desses conflitos entre torcedores.

    “A torcida quer ganhar. O importante é respeitar quem ganhar. A mensagem é essa. Só um vai ganhar. Quem perder não tem o direito de ser violento, desrespeitar o torcedor. Nosso torcedor anseia esse título há 64 anos. Vai esperar a vitória. Vamos fazer de tudo em campo. Se eu pudesse pedir às torcidas, seria isso. Apenas uma irá ganhar”, disse.

    Ambição do torcedor

    A Copa Libertadores, sem dúvidas, é a grande ambição de todo torcedor tricolor. E Fernando Diniz entende a necessidade que a torcida do Fluminense tem em conquistar o título inédito, algo que o comandante compreende muito bem.

    “A torcida do Fluminense tem um desejo imenso, assim como nós, mas consegue entender mais do que o resultado. Há uma relação que ultrapassa isso. Todo tricolor pode ter certeza: trabalho, dedicação e entrega vai ter sobrando. Vamos fazer de tudo para que se realize”, disse.

    A relação da torcida do Fluminense com Fernando Diniz também é um caso a parte. Os tricolores confiam no técnico para conduzir o clube a maior conquista de sua centenária história.

    “O torcedor tem uma relação muito íntima com as minhas ideias. O que aconteceu em 2019, com um time com dificuldade em pontuar, mas a torcida dividida em apoio mas que torcida para dar certo. Teve clássicos que perdemos e fomos aplaudidos, algo impensável”, opinou.

    Trabalhar mental ou tático?

    Fernando Diniz é um técnico conhecido por trabalhar muito a parte mental, além de impor seu estilo de jogo e sua marca por qualquer clube que treinou. No Fluminense não é diferente. Mas para conquistar um título como a Libertadores o que é mais forte: a parte tática ou mental?

    “A vida, para mim, é sempre complexa e com multi influências. O futebol é arte ou ciência? Para mim, há mais arte que ciência, mas precisamos da ciência cada vez mais. De maneira artística, fica impregnado na memória do torcedor. Os times treinados, com parte tática e técnica, tem uma prevalência na parte mental. A harmonia e o lado mental tem uma prevalência sobre o domínio tático”, disse

    Glória Eterna

    Fluminense e Boca Juniors se enfrentam neste sábado (4), às 17h (de Brasília), no Maracanã, pelo título da Copa Libertadores. Aos brasileiros, a chance de conquistar pela primeira vez o torneio.

    O Flu foi vice-campeão em 2008, no mesmo Maracanã, diante da LDU-EQU. Já o Boca soma seis conquistas e sua última final foi em 2018, quando perdeu para o arquirrival, River Plate-ARG.

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