Flamengo realiza pagamento e atualiza situação do terreno do Gasômetro
Clube arrematou o leilão pelo espaço de cerca de 86 mil metros quadrados no qual irá construir o estádio próprio até 2029
O Flamengo segue avançando no projeto de construção do estádio próprio. Nesta sexta (2). o clube informou que realizou o pagamento do valor total de R$ 138.195.000,00 ao Município do Rio de Janeiro pelo terreno do Gasômetro, conforme estipulado no leilão por hasta pública na última quarta-feira (31).
De acordo com o comunicado do clube carioca, o “Município do Rio de Janeiro já providenciou o depósito em juízo, nos autos do processo de desapropriação.”
Antes mesmo do leilão, o presidente Rodolfo Landim já havia informado que o clube da Gávea tinha o “dinheiro em caixa” para comprar o terreno.
O Flamengo foi o vencedor do leilão do terreno do Gasômetro e deu um passo fundamental no projeto de construção do estádio próprio. A oferta do clube da Gávea foi de R$ 138 milhões e 195 mil, valor mínimo estipulado pela Prefeitura no edital da desapropriação do espaço de 86 mil metros quadrados na Zona Central do Rio de Janeiro.
Inauguração em 2029?
Conforme apresentado aos sócios em reunião extraordinária, a direção estipulou o dia 15 de novembro de 2029, aniversário de 134 anos do clube, como data da inauguração do estádio.
O presidente Rodolfo Landim, que encerra o segundo mandato em dezembro de 2024, afirmou que a data não está fechada, esperando que até seja antecipada a abertura da nova casa.
“Essa é a data que colocamos, dentro de um prazo razoável de cinco anos para construção, mas tudo isso vai depender muito das emissões das licenças. Estamos na fase do projeto básico. Com o projeto básico, entramos e pedimos a licença. Acho que, no ritmo Flamengo, vai dar para dar uma encurtada nisso. Vamos ser Flamengo. Espero que a gente consiga, inclusive, adiantar essa data que foi apresentada no Conselho Deliberativo”, explicou Landim.
Os próximos passos
Márcio Bodin, vice-presidente de Administração do Flamengo, foi um dos responsáveis pelas negociações com a Caixa Econômica Federal e a Prefeitura do Rio de Janeiro.
Após o resultado do leilão, o dirigente celebrou o feito e projetou os próximos passos do projeto e os ganhos para o Flamengo e para a região do Gasômetro.
15 de novembro de 2029 estamos jogando bola lá. Agora começamos as etapas seguintes, que é planejar o que teremos de estádio. O tamanho, o número de lugares atrás dos gols, com ingressos econômicos, o que teremos de ganho esportivo. Tem que ser um lugar com o sangue rubro-negro fervendo lá dentro, com a torcida, e os jogadores em campo”, afirmou Bodin.
“O importante é que o estádio é dedicado ao Flamengo, com museu, com a história contada. Vamos ter na parte externa do estádio, vamos fazer a área para jogos fora do Rio ou mesmo para shows ligados ao Flamengo. Terá muito evento cultural e evento do Flmengo. Não é só dia do jogo. Vai viabilizar a recuperação da região, que hoje é mais industrial e ganhará mais vida”, concluiu.
As exigências do edital
De acordo com edital, a partir da assinatura do Termo de Promessa de Compra e Venda, o prazo para apresentação do projeto é de 18 meses (um ano e meio). A execução é prevista para 36 meses (três anos) que são prorrogáveis “na forma da lei, contados do seu licenciamento”, diz o documento.
O edital ainda lista uma série de exigências que caberão ao comprador do terreno de 86 mil metros quadrados, que será destinado para a “implantação de equipamento esportivo com potencial de geração de fluxo mínimo de 70.000 (setenta mil) pessoas, na área descrita no Edital, para fins de renovação urbana”.
O projeto precisará abranger soluções e atender exigências relacionadas à áreas e temas como mobilidade urbana, desenvolvimento social, infraestrutura, meio ambiente e sustentabilidade, integração com o entorno, acessibilidade e conectividade e inovações tecnológicas, entre outros temas.