Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Os dez desafios de Fernando Diniz no Cruzeiro até o fim de 2024

    Contratado até o fim de 2025, novo técnico tem objetivos importantes a serem cumpridos ainda neste ano

    Leonardo Gimenez

    Contratado até dezembro de 2025, Fernando Diniz tem dez desafios no comando do Cruzeiro neste ano. Por causa da Data Fifa, o técnico terá um período de cerca de duas semanas para armar a equipe contra o Bahia. O jogo será no dia 18 (sexta-feira), às 21h30 (de Brasília), no Mineirão, em Belo Horizonte, pela 30ª rodada do Campeonato Brasileiro.

    Na tarde desta segunda-feira (7), às 16h (de Brasília), o Cruzeiro vai se reapresentar na Toca da Raposa II, na capital mineira. A atividade será a primeira antes da pausa do calendário nacional, marcada para o dia 10 deste mês.

    Desde que chegou ao Cruzeiro, Diniz soma dois empates e uma derrota. Nesse período, o time celeste eliminou o Libertad, do Paraguai, e avançou à semifinal da Copa Sul-Americana, mas colecionou dois resultados ruins no returno do Brasileirão: contra o Vasco, no Mineirão, e diante do Fluminense, no Maracanã, no Rio.

    Os desafios de Diniz em 2024

    Recuperar a campanha no returno

    No primeiro turno, ainda sem a entrada dos reforços em grande parte dos jogos, o Cruzeiro teve um desempenho muito acima do esperado. Sob o comando de Fernando Seabra, o elenco fez a quarta melhor campanha nas 19 rodadas iniciais, com 33 pontos.

    Já no returno, o Cruzeiro perdeu toda a “gordura” construída com Seabra. Com a sexta pior campanha e apenas dez pontos somados em dez rodadas, a equipe celeste atravessa um período de instabilidade em um dos momentos mais decisivos da temporada.

    Ficar no G6 do Brasileirão

    De olho em uma vaga na próxima Copa Libertadores, apesar de estar vivo na disputa, o Cruzeiro terá que reagir na reta final da Série A. Isso porque, além do investimento de mais de R$ 180 milhões feito por Pedro Lourenço, o planejamento financeiro inclui a classificação para o maior torneio continental em 2025.

    Após 29 rodadas, o Cruzeiro ocupa a oitava posição na tabela do Brasileirão, com 43 pontos. O Inter, sexto colocado, tem 46 pontos e um jogo a menos. Para evitar um cenário de “tudo ou nada” na Sul-Americana, os comandados de Diniz têm o desafio de ficar entre o G6 da liga nacional.

    Ser campeão da Sul-Americana

    Bicampeão da Libertadores, o Cruzeiro busca, em 2024, o inédito título da Sul-Americana. Na próxima fase, a equipe celeste vai enfrentar o Lanús, da Argentina. Do outro lado da chave, Corinthians e Racing, também da Argentina, buscam uma vaga na final.

    Com a saída de Ronaldo e a chegada de Pedro Lourenço, o Cruzeiro mudou o panorama da temporada em virtude do alto poder de investimento. A grande alteração de perspectiva é a conquista da Sul-Americana, meta a ser atingida pelo clube neste ano, conforme declarações do gestor da Sociedade Anônima de Futebol (SAF).

    Pressionado pelo nível dos reforços contratados, Fernando Seabra tentou utilizá-los na equipe, mas não encontrou a formação ideal e foi demitido. Diniz, então, ganhou a confiança da diretoria cruzeirense para conduzir o grupo ao título sul-americano e recuperar a boa fase no Brasileirão.

    Reorganizar o Cruzeiro

    Nos três primeiros jogos pelo Cruzeiro, Diniz já tentou adaptar os titulares ao seu estilo de jogo.

    Além da saída de bola dentro da grande área de Cássio, a equipe contou com Lucas Romero mais perto dos zagueiros, enquanto Matheus Henrique assumiu a criação ao lado de Matheus Pereira. No ataque, Lautaro Díaz e Gabriel Veron tentaram servir ao centroavante Kaio Jorge.

    Em sua estreia, contra o Libertad, Diniz teve que “quebrar a cabeça” no segundo tempo, após a expulsão de Lucas Romero. Diante do Vasco, em casa, e contra o Fluminense, no Rio, o time produziu muitas chances para vencer, mas desperdiçou as oportunidades e não saiu de campo vitorioso.

    Agora, um dos desafios de Diniz é tornar o Cruzeiro mais organizado, com foco maior na defesa, e mais eficiente, principalmente no setor ofensivo.

    Melhorar a saída de bola

    Com ajustes claros a serem feitos, o Cruzeiro tem recebido forte marcação dos adversários na saída de bola com Cássio.

    No embate com o Vasco, ainda na primeira etapa, a equipe celeste quase marcou um gol contra. Contra o Fluminense, também no primeiro tempo, Villalba tentou um passe arriscado dentro da área, Ganso interceptou e quase abriu o placar nesse lance.

    Recuperar o auge de Matheus Pereira

    Atrás somente de Botafogo, Flamengo e Palmeiras no turno, o Cruzeiro se destacou também pela capacidade criativa de Matheus Pereira. Com menos obrigações defensivas e com liberdade para circular no campo, o camisa 10 liderou o Cruzeiro na tabela, principalmente sendo decisivo em jogos no Mineirão.

    No fim da passagem de Seabra, Matheus Pereira, assim como quase todos os jogadores, sofreu uma queda de rendimento, o que impactou diretamente no ataque cruzeirense.

    Potencializar o ataque

    No primeiro turno do Brasileirão, o Cruzeiro marcou 25 gols, sendo 19 em jogos como mandante. Já na segunda parte do campeonato, ao todo, o time celeste balançou as redes apenas dez vezes.

    Outro importante desafio para Diniz é potencializar o ataque do Cruzeiro, sobretudo com a recuperação do futebol de Matheus Pereira e com o jogo pelos lados de campo.

    Recuperar o desempenho em casa

    Sexto melhor mandante da Série A, com 30 pontos, o Cruzeiro chegou a ostentar, até a 21ª rodada, os melhores números dentro de casa na competição.

    Com mando celeste, a invencibilidade foi interrompida na derrota para o Fortaleza, em Cariacica, em jogo comercializado pela gestão de Ronaldo.

    Conquistar a confiança da torcida

    Para permanecer no cargo por um longo período, os treinadores no Brasil precisam demonstrar resultados. Com Diniz, não será diferente. Apesar de ter chegado à Toca da Raposa II, em BH, com grande aprovação da torcida, o comandante terá a oportunidade mais rápida de fazer sucesso por meio da Sul-Americana.

    À frente do clube, Diniz pode quebrar um jejum do Cruzeiro que já dura 26 anos sem títulos internacionais. A última conquista foi a Recopa Sul-Americana de 1998, disputada em 1999, contra o River Plate, da Argentina.

    Elenco com poucas peças

    Mesmo com o elenco reforçado na janela de transferências de julho, o Cruzeiro ainda tem problemas em algumas posições, principalmente no ataque.

    Por causa de problemas clínicos, Kaio Jorge, por exemplo, é o único centroavante disponível, ao passo que Rafa Silva se recupera de uma lesão no joelho direito e Dinenno não joga mais em 2024.

    Na última partida, diante da necessidade do resultado, Diniz deu a primeira oportunidade no time principal ao jovem garoto Tevis. Recentemente, o ponta subiu do sub-20, assim como Kaique Kenji. O lateral-direito Dorival e o volante Jhosefer também podem ser relacionados na reta final do ano. A utilização da base pode ser uma saída em meio às poucas peças de reposição.

    Para ter um elenco mais encorpado, também cabe à comissão técnica recuperar a melhor condição física de peças fundamentais no Cruzeiro, como o meia Matheus Pereira e o atacante Álvaro Barreal. O argentino, inclusive, já revelou “estar no sacrifício” por causa de dores no tornozelo esquerdo.

     

    Tópicos