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    Novos problemas extracampo agravam crise do Corinthians em 2024

    Na luta contra o rebaixamento no Campeonato Brasileiro, Timão vive momentos difíceis dentro e fora de campo

    Rafael Olivada Itatiaia

    O Corinthians enfrenta momentos difíceis dentro de campo, com a luta para não ser rebaixado no Campeonato Brasileiro, mas o extracampo também assombra o clube.

    Pelo menos quatro problemas foram expostos nesta semana, quando o time está de “folga” dos jogos oficiais em razão da pausa ocasionada pela Data Fifa. 18º colocado no Brasileirão, o Timão tem 29 pontos conquistados em 29 jogos.

    O Corinthians recebeu novos processos de empresários, condenações e uma intimação da Polícia Civil de São Paulo. Além disso, vive incerteza sobre a continuidade do seu segundo patrocínio máster do ano.

    André Cury aciona Corinthians na Justiça

    Um dos problemas enfrentados pelo Timão nesta semana foi o novo processo do empresário André Cury. O agente cobra R$ 3,3 milhões do clube por comissões não repassadas da negociação do atacante Yuri Alberto.

    Além desta ação, Cury ingressou com pelo menos cinco outros processos contra o Corinthians. A cobrança total supera os R$ 30 milhões, e o Alvinegro já sofreu bloqueios de contas através de ações do empresário.

    Yuri Alberto comemora gol durante a partida contra o Internacional
    Yuri Alberto, do Corinthians, comemora gol durante a partida contra o Internacional • PETER LEONE/O FOTOGRÁFICO/ESTADÃO CONTEÚDO

    Cobranças de mais um agente

    O Corinthians foi condenado a pagar R$ 33,4 milhões ao empresário Carlos Leite, que intermediou compras e renovações de diversos jogadores nos últimos anos. Entre eles, Fagner, Cássio, Gil, Mateus Vital e Camacho.

    Nas decisões da Justiça de São Paulo sobre as ações do empresário, as quais a Itatiaia teve acesso, ainda consta outra dívida de R$ 29,6 milhões. Os débitos cobrados pelo agente atingem R$ 63 milhões e, somadas às cobranças de André Cury, chegam próximos dos R$ 100 milhões.

    Cássio, goleiro do Corinthians
    Corinthians, ex-goleiro do Corinthians • Foto: Rodrigo Coca / Corinthians

    Polícia bate à porta no “caso VaideBet”A Polícia Civil de São Paulo cobrou explicações do Corinthians sobre o uso de “laranjas” (intermediários ilegais) no contrato de patrocínio com a VaideBet. A casa de apostas já não é mais a patrocinadora máster do clube.

    As autoridades querem que o clube esclareça o recebimento de R$ 56 milhões do antigo contrato de patrocínio que foram pagos por três intermediários não autorizados. Além disso, estava previsto em contrato que a VaideBet poderia utilizar as empresas Zelu Brasil ou Pay Brokers como intermediárias — ambas são investigadas pela Polícia Civil de Pernambuco, que apura esquemas de lavagem de dinheiro através de casas de apostas.

    Nova patrocinadora máster também é investigada

    O Corinthians está em contato constante com a Esportes da Sorte, empresa que assumiu o patrocínio máster depois da VaideBet, pelas investigações sobre suspeita de lavagem de dinheiro. A casa de apostas nega as irregularidades.

    A bet também não foi regularizada pelo governo brasileiro, inicialmente. Assim, ficaria impossibilitada de atuar em solo nacional. A empresa acabou credenciada apenas no estado do Rio de Janeiro, via Loterj, mas a continuidade da parceria com o Corinthians é incerta neste momento.

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