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    Internado após acidente, Rincón fez história no Brasil e na Copa pela Colômbia

    Jogador marcou um dos gols mais importantes da história da seleção colombiana, na Copa de 90 contra a campeã Alemanha

    Da CNN*

    O colombiano Freddy Rincón está internado em estado grave após sofrer traumatismo craniano em um grave acidente envolvendo o carro onde estava e um ônibus em Cali, na Colômbia. Mais conhecido no Brasil por suas passagens por Corinthians e Palmeiras, com diversos títulos e gols marcados, o ex-jogador também é ídolo em seu país e marcou um dos gols mais marcantes de sua seleção em Copas do Mundo.

    Em 19 de junho de 1990, no estádio Giuseppe Meazza em Milão, Freddy Rincón marcou o gol mais importante da Seleção Colombiana até então e o mais lembrado naquele país (talvez até o grande gol de James Rodríguez contra o Uruguai em 2014).

    O grito de comemoração de Rincón após o gol, um sorriso de dentes brancos e reluzentes e dois punhos cerrados, reflete o significado do gol salvador: no último momento de uma partida difícil contra a equipe que dias depois seria campeã mundial, tento que garantiu a ida da Colômbia, pela primeira vez em sua história, às oitavas de final de uma Copa do Mundo, após 28 anos de ausência do torneio mais importante do futebol.

    O 1 a 1 contra a Alemanha Ocidental é uma partida que ficou gravada na memória dos colombianos por causa daquela jogada antológica — da qual participaram Leonel Álvarez, “el Bendito” Fajardo e “el Pibe” Valderrama— com seis passes e 17 toques, culminando em um gol por entre as pernas do goleiro em um toque de classe de Rincón. Eram jogados os 47 minutos do segundo tempo e a Colômbia empatou o jogo. Mas foi comemorada como uma vitória épica, tanto pelo rival como pela classificação inédita.

    Freddy Eusebio Rincón disputou três Copas do Mundo (1990, 1994 e 1998) e marcou 17 gols em 84 jogos pela Colômbia. Nasceu em 1966 em Buenaventura, no oeste da Colômbia, e foi um dos jogadores mais destacados da geração de ouro de seu país nos anos 1990. Além do gol contra a Alemanha, marcou dois gols no inesquecível 5 a 0 contra a Argentina em Buenos Aires, no ano de 1993.

    Na Colômbia jogou no Santa Fe e no América de Cali, com quem conquistou três troféus. Em seguida, fez o craque saltar para o Palmeiras em 1994, no Brasil, para ser contratado logo depois pelo Napoli e depois pelo Real Madrid: foi o primeiro jogador colombiano a jogar pelo time merengue, embora não tenha se divertido no clube espanhol.

    Voltou ao Brasil em 1996 e lá conquistou três títulos locais e um Mundial de Clubes pelo Corinthians – neste último, foi o capitão e levantou a taça inédita para o clube brasileiro.

    Aposentou-se como jogador em 2004 e depois treinou times da terceira divisão no Brasil. Foi assistente de direção de Vanderlei Luxemburgo no Atlético Mineiro em 2010 e de Jorge Luis Pinto no Millonarios de Colombia em 2019.

    Os problemas judiciais de Freddy Rincón

    Ele não é estranho a polêmicas. Em 2007 ele foi preso em São Paulo a pedido da justiça panamenha por suposta ligação com um narcotraficante, informou a Efe na época. Ele saiu da cadeia 4 meses depois. Rincón disse na época que conhecia a pessoa acusada de ser traficante de drogas, mas que desconhecia suas atividades criminosas.

    Em 2015, o Panamá emitiu um aviso vermelho da Interpol por suposta lavagem de dinheiro e conspiração criminosa, segundo a Cablenoticias, uma rede afiliada da CNN. Rincón novamente negou as acusações. Em 2016 ele foi absolvido do processo, informou a Efe.

    Em 2013 sofreu um acidente de trânsito em uma rodovia em Valle del Cauca, perto de Cali. Naquela época ele teve um ferimento na cabeça, assim como agora, após o acidente na segunda-feira que o deixou em estado crítico.

    Hoje ele luta pela vida e os torcedores colombianos e os fãs mundo afora esperam boas notícias de sua recuperação, embora a parte médica seja delicada.

    Por enquanto, a Colômbia e o mundo se lembram de seus belos e marcantes e de suas alegres celebrações.

    *publicado por Felipe Romero, da CNN

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