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    “Fora, Cuca”: Muros são pichados contra técnico no Corinthians

    Sede do Parque São Jorge, em São Paulo, foi pichada durante a madrugada. Torcedores reclamam da contratação de técnico por condenação de atentato ao pudor, na Europa.

    Jairo Nascimentoda CNN , São Paulo

    A sede do Corinthians, na zona leste de São Paulo, foi pichada durante a madrugada desta sexta-feira (21), com protestos contra a contratação do técnico Cuca. 

    Parte da torcida está revoltada com o anúncio do técnico que, em 1989, foi condenado por atentado ao pudor com uso de violência contra uma jovem de 13 anos, na Suíça.

    Os muros do Parque São Jorge foram pichados com frases como “Fora, Cuca”, “diretoria incompentente” e “queremos títulos, não estuprador”.

    Os muros já foram pintados. Nesta sexta, às 17h30, o técnico dará uma entrevista coletiva no CT Dr. Joaquim Grava, em São Paulo. Existe a expectativa que ele se pronuncie sobre o caso.

     

    Cuca substituiu Fernando Lázaro após derrota em jogo da Libertadores. Vários seguidores do Timão reagiram negativamente nas redes sociais.

    A campanha “#RespeitaAsMina”, utilizada pelo Corinthians para popularizar o futebol feminino, ainda foi relembrada por boa parte da torcida, apontando uma suposta hipocrisia do clube ao contratar Cuca. O termo mais utilizado foi de “um cuspe” à história de inclusão do clube paulista.

    Símbolo de campanha corinthiana. / Reprodução / SCCP

    Houve também os torcedores que propuseram atos de boicote ao clube. O perfil “Base Corinthiana”, um dos maiores ligados ao clube, por exemplo, adotou voto de silêncio sobre a equipe profissional masculina enquanto Cuca seguir no cargo.

    O próximo jogo será no domingo (23), contra o Goiás, em Goiânia pelo Campeonato Brasileiro. 

    Sobre o caso

    Em 1987, Cuca era jogador do Grêmio e, durante uma excursão do clube à Europam, na Suíça, acabou detido junto de três companheiros (Eduardo Hamester, Henrique Etges e Fernando Castoldi), sob a alegação de terem tido relações sexuais com uma adolescente de 13 anos. O quarteto ficou preso por 30 dias na Suíça e depois retornou ao Brasil. Em 1989, ele foi condenado a 15 meses de prisão por atentado violento ao pudor com uso de violência, mas nunca cumpriu a pena, porque cidadãos brasileiros não são extraditados.

    Em 2021, numa entrevista à jornalista Marília Ruiz ao lado da mulher e de suas filhas, Cuca negou o estupro.“Não houve estupro como falam, como dizem as coisas. Houve uma condenação por ter uma menor adentrado o quarto. Simplesmente isso. Não houve abuso sexual, tentativa de abuso ou coisa assim. Eu estava no Grêmio havia duas ou três semanas apenas, não conhecia ninguém. Eu jamais toquei numa mulher indevidamente ou inadequadamente”, explicou.

     

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