Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Dois torcedores do Boca Juniors presos por atos racistas pagam fianças e são soltos

    Argentinos imitaram macacos e outro fez movimento que sugere uma saudação nazista para a torcida do Corinthians

    Douglas PortoBárbara Brambilada CNN* , em São Paulo

    Dois dos três torcedores do Boca Juniors presos na Neo Química Arena, em São Paulo, por atos racistas, pagaram fiança de R$ 20 mil, cada, e foram soltos nesta quarta-feira (29). Os autores foram conduzidos à 6ª Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (Drade), onde o caso foi registrado.

    Todos passaram por uma audiência de custódia com o juiz de plantão, José Fernando Steinberg, que ratificou a fiança colocada pela “gravidade dos delitos de injúria racial e racismo, e a reiteração de condutas deste tipo nas arenas esportivas, condutas essas, absolutamente inaceitáveis no Estado Democrático de Direito.”

    Na ocasião, dois torcedores fizeram gestos imitando macacos para a torcida do Corinthians. Outro fez um movimento que sugere uma saudação nazista.

    Após a partida, que terminou em 0 a 0, o Corinthians se manifestou declarando que “repudia veementemente os atos racistas que envolveram torcedores argentinos na Neo Química Arena nesta terça-feira (28), durante o jogo contra o Boca Juniors pelas oitavas da Conmebol Libertadores.”

    “Estes comportamentos não serão tolerados. (…) Fiel à sua história de luta, o Corinthians procederá novamente às queixas cabíveis – o que faremos sempre, até que não seja mais necessário”, afirmou o clube.

    Nas duas partidas entre Corinthians e Boca Juniors pela fase de grupos da competição, em abril e maio, torcedores do clube argentino foram flagrados fazendo gestos racistas contra os apoiadores do clube brasileiro.

    Na semana passada, a Conmebol condenou o Boca a pagar multa de US$ 100 mil devido aos atos registrados no estádio La Bombonera. O clube argentina já havia sido multado em 30 mil dólares depois dos gestos racistas observados na Neo Química Arena, em abril.

    (*Com informações de Henrique Andrade e Pedro Osório, da CNN)

    Tópicos