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    Após áudios com ameaças, goleiro Cássio, do Corinthians, aciona polícia

    Janara Sackl, esposa do atleta, recebeu áudios pelas redes sociais com ameaças de morte e violência

    Douglas PortoLudmila Candalda CNN , em São Paulo

    O goleiro Cássio Ramos, do Corinthians, encaminhou à polícia, nesta quinta-feira (7), áudios com ameaças de morte e violência recebidas pelas redes sociais por sua esposa Janara Sackl.

    “Encaminhei à polícia os áudios recebidos por minha esposa, para que, quem tenha a competência necessária, possa cuidar do caso. Não posso aceitar esse tipo de ameaça de forma alguma. Espero que a justiça seja feita”, afirmou Cássio.

    O atleta diz que sempre lidou bem com críticas, discordando e se defendendo quando necessário, além de admitir falhas quando entendeu seu acontecimento.

    Entretanto, ele desafia “alguém a provar que eu tenha ficado mais de dez anos no Corinthians sendo ‘vagabundo’ ou ‘paneleiro’, os termos que foram usados hoje e que aparecem em algumas manifestações vez ou outra.”

    Em nota oficial, o Corinthians declara que repudia veementemente o caso e “já acionou a Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (Drade) a fim de tomar as medidas cabíveis para a segurança dos atletas.”

    “Esperamos que as autoridades consigam identificar o autor desse crime e que ele seja submetido às penas da lei. Rejeitamos a imagem que associa o Corinthians a uma arma de fogo e munição: como clube, nossa missão é de paz, respeito e igualdade, na vitória e na derrota”, continua o clube.

    Confira o posicionamento completo de Cássio Ramos:

    “Resolvi me manifestar depois dos fatos que aconteceram com minha família nesta quinta-feira (07/04).

    Encaminhei à polícia os áudios recebidos por minha esposa, para que, quem tenha a competência necessária, possa cuidar do caso. Não posso aceitar esse tipo de ameaça de forma alguma. Espero que a justiça seja feita.

    Sempre fui um jogador que lidou bem com críticas, discordei e me defendi quando necessário, além de admitir falhas quando entendi que elas aconteceram.

    Mas desafio alguém a provar que eu tenha ficado mais de dez anos no Corinthians sendo “vagabundo” ou “paneleiro”, os termos que foram usados hoje e que aparecem em algumas manifestações vez ou outra.

    Sempre fui um jogador que me dediquei ao máximo e procurei ajudar dentro e fora dos campos os treinadores, atletas e dirigentes que passaram por aqui. Muitas vezes, entrei em campo sem as minhas melhores condições para ajudar o Corinthians. E fiz isso sem esperar nada em troca. Fiz porque sou assim. Sou muito grato ao Corinthians e procuro retribuir essa gratidão deixando tudo o que posso a cada dia.

    Tenho total consciência que devo provar sempre porque cheguei a quase 600 jogos e conquistei nove títulos por esse clube. Nunca sentei em cima das glórias, até porque não ganhei nada sozinho e quero seguir ganhando enquanto eu tiver contrato vigente.

    Por tudo isso, não aceito o que aconteceu e não quis ficar calado diante de tanta injustiça.

    Um abraço a todos.

    Cássio.”

    Veja a nota oficial do Corinthians na íntegra:

    “Nota de Repúdio – Ameaças feitas ao goleiro Cássio e família

    O Sport Club Corinthians Paulista repudia veementemente as ameaças de morte e violência feitas ao goleiro Cássio e sua família por meio de mensagens enviadas em uma rede social.

    O clube já acionou a Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (DRADE) a fim de tomar as medidas cabíveis para a segurança dos atletas. Esperamos que as autoridades consigam identificar o autor desse crime e que ele seja submetido às penas da lei. Rejeitamos a imagem que associa o Corinthians a uma arma de fogo e munição: como clube, nossa missão é de paz, respeito e igualdade, na vitória e na derrota.

    O atleta de futebol é um ser humano que tem direito tanto à integridade física quando à saúde psicológica. Pedimos aos torcedores que se conscientizem a respeito da necessidade de paz no futebol, respeitem a pessoa do jogador e sua família e repudiem conosco qualquer iniciativa que tente transformar o futebol numa atividade em que a violência é tolerável.”

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