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    CBF cria comissão para combater racismo e violência no futebol

    Casos de discriminação racial no esporte batem recorde em 2022, aponta observatório

    Lucas Janoneda CNN

    no Rio de Janeiro

    A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) decidiu criar uma comissão permanente para discutir medidas no combate ao racismo e à violência no futebol brasileiro. A criação do novo Grupo de Trabalho foi oficializada pelo presidente da instituição Ednaldo Rodrigues.

    De acordo com o documento obtido pela CNN, a comissão é composta por 46 membros, representando instituições como a Fifa, Conmebol, as federações brasileiras de futebol e o Ministério Público. A reportagem também confirmou que o ex-goleiro Aranha será o responsável por representar os jogadores.

    A primeira reunião do grupo será em primeiro de novembro, às 10h, por meio de videoconferência. Todos os clubes brasileiros foram notificados sobre o encontro e podem participar, caso desejem. As decisões do Grupo de Trabalho devem “adotar suas conclusões e recomendações por consenso”, destaca o documento enviado à CNN.

    Fontes ligadas à CBF confirmaram para a CNN, nesta quarta-feira (12), que medidas concretas já são estudadas por membros da comissão, com o intuito de combater o racismo nas partidas de futebol.

    Uma das propostas idealizadas pelos cartolas é a perda de pontos dos times mandantes em campeonatos nacionais, no momento que os torcedores pratiquem atos preconceituosos. No entanto, a ideia ainda é embrionária.

    Casos de discriminação racial batem recorde em 2022

    Um levantamento do Observatório Racial do Futebol, feito a pedido da CNN, mostra que o futebol brasileiro registrou um número recorde de casos de discriminação racial em 2022. Até o momento, mais de 70 casos foram denunciados entre jogadores brasileiros.

    De acordo com Marcelo Carvalho, diretor executivo do observatório, medidas mais energéticas precisam ser tomadas pela CBF para coibir as práticas discriminatórias. Ele ainda destacou que de todas as denúncias registradas até outubro de 2022, apenas 15% aconteceram em competições sul-americanas. O restante foi registrado nas competições nacionais.