Atlético-MG reage com triunfo sobre Botafogo, vira líder e pressiona Palmeiras
Galo saltou para dianteira do Brasileirão, mas precisa de derrota do Palmeiras na segunda para continuar em 1º
Questionado pela eliminação na Copa do Brasil, o Atlético-MG deu uma ótima resposta na sua volta ao Rio de Janeiro. Neste domingo (17), saltou para a liderança do Campeonato Brasileiro ao vencer o Botafogo por 1 a 0, no estádio Nilton Santos, pela 17ª rodada. Zaracho marcou o único gol da partida.
A dianteira do Atlético-MG, porém, pode durar apenas um dia, pois o Palmeiras vai entrar em campo nesta segunda-feira (18), no Allianz Parque, diante do Cuiabá, e retomará a ponta em caso de empate ou vitória, pois está com 30 pontos, na segunda posição, contra os 31 do Galo.
De qualquer forma, o triunfo representa uma recuperação para o Atlético-MG, eliminado na última quarta-feira da Copa do Brasil pelo Flamengo, também no Rio, mas no Maracanã, um resultado que colocou a sequência de Turco Mohamed no clube sob risco. E o resultado também ampliou uma sequência positiva do time no Brasileirão, com 4 vitórias e 3 empates, iniciada após outra derrota no Rio, para o Fluminense.
Por outro lado, o revés amplia um momento complicado do Botafogo, que também caiu na Copa do Brasil, para o América-MG. Agora, sofreu a quarta derrota nos últimos cinco compromissos na temporada. E parado nos 21 pontos, começa a ver a zona de rebaixamento do Brasileirão mais de perto.
Como foi o jogo
Para o confronto entre dois times que foram eliminados no meio de semana nas oitavas de final da Copa do Brasil, Turco Mohamed optou por duas mudanças no Atlético-MG, com as entradas de Vargas, no ataque, na vaga de Ademir, e de Igor Rabello, na zaga, no lugar de Nathan Silva.
A chance para Rabello, aliás, veio em uma ocasião especial, pois foi o seu 150º jogo com a camisa atleticana. E logo diante do clube que defendia até chegar ao Galo no início de 2019. Nesse reencontro, encarou um Botafogo com 12 desfalques e 4 novidades na escalação: Douglas Borges, Philipe Sampaio, DG e Luis Oyama.
Tendo de um lado um time sofrendo com as ausências contra outro que assumiria a liderança em caso de triunfo, acabou sendo a equipe visitante a finalizar mais vezes, além de ter quase o dobro da posse de bola – 66% a 34% – no primeiro tempo. Nem por isso, porém, o Atlético-MG teve o controle do duelo.
As duas principais oportunidades de gol da primeira metade do jogo foram da equipe mineira, sendo que uma delas quase lhe rendeu um pênalti. Foi aos 13 minutos, quando o chute de Vargas explodiu em Philipe Sampaio. Raphael Claus chegou a marcar pênalti, mas mudou de decisão ao rever o lance, entendendo que não houve intenção no toque no braço do botafoguense. Depois, aos 43, o cabeceio de Zaracho após levantamento de Mariano acertou o travessão.
Entre um lance e outro, porém, o Atlético-MG sofreu com a dura marcação do Botafogo, além de cedendo alguns contra-ataques perigosos. E o time carioca também teve as suas oportunidades, como aos 25 minutos, em cobrança de falta de Lucas Fernandes, e aos 28, quando Kanu dividiu um cruzamento rasteiro com Alonso, levando a bola a passar muito perto da meta defendida por Everson.
Mas o Atlético-MG era superior, mais consciente e perigoso quando tinha a posse. E demonstrou isso logo no começo da etapa final, quando Nacho Fernández perdeu chance incrível, na pequena área, depois de outro levantamento de Mariano, aos 3 minutos. Aos 9, porém, outro argentino do Galo marcou. Aproveitando corte parcial de Sauer, Zaracho bateu colocado, mas sem muito ângulo. A bola encobriu Douglas Borges e tocou na trave esquerda antes de entrar: 1 a 0.
O Botafogo buscou uma resposta imediata e assustou no lance seguinte, com Everson defendendo chute de Erison e Allan bloqueando o disparo de Tchê Tchê no rebote. Mas depois o Atlético-MG tentou esfriar o duelo, com Turco Mohamed modificando o time ao fazer três trocas ao mesmo tempo, com as entradas de Nathan Silva, Otávio e Ademir.
No entanto, como o time mineiro não manteve o mesmo ritmo e o domínio apresentado no começo da etapa final, a partida ficou aberta. Assim, permitiu que o Botafogo, ainda que sem grande risco, rondasse a sua área. Mas sem intensidade, deu pouco trabalho a Everson.
No fim, o Atlético-MG poderia ter marcado pela segunda vez. Aos 50 minutos, Hulk bateu falta com força da intermediária e acertou o travessão. Ademir disputou o rebote e a bola sobrou para Keno, que chutou para as redes. Raphael Claus, porém, anulou o gol, por considerar que Keno estava impedido, ignorando pênalti em Ademir. O gol não valeu, mas o Galo, ainda, assim, conseguiu se recuperar ao vencer o Botafogo por 1 a 0 diante de 8.678 torcedores ao Nilton Santos.
Agenda
Após o confronto no Rio, os times vão atuar fora de casa na próxima rodada do Brasileirão. Na quarta-feira, o Botafogo visitará o Santos, na Vila Belmiro. Já o Atlético-MG entrará em campo no dia seguinte, quando enfrentará o Cuiabá, na Arena Pantanal.