Argentina, Holanda, Croácia: quem pode complicar o caminho do Brasil até a final
Primeira adversária do Brasil no mata-mata da Copa do Mundo, a Coreia do Sul é uma das mais fracas da chave; veja outros adversários
Está confirmado: mesmo com derrota para Camarões, a Seleção Brasileira avançou na primeira colocação do grupo G e, nas oitavas de final da Copa do Mundo no Catar, enfrentará a Coreia do Sul, na segunda-feira (5), às 16h (horário de Brasília).
Caso vença os sul-coreanos e, de jogo ganho em jogo ganho, chegue até a final, a Seleção Brasileira deve enfrentar adversários mais duros que os asiáticos, como a Holanda de Cody Gakpo e Memphis Depay, a Croácia de Luka Modric e Ivan Perisic e a Argentina de Lionel Messi e Ángel Di María.
A jovem equipe dos Estados Unidos e o azarão Japão também podem pintar no caminho do Brasil e deixar uma ida até a final mais complicada, ainda que não assuste tanto como os holandeses, os croatas e os argentinos, e ainda há a Austrália, que fez a “Dinamáquina” emperrar.
Se avançar para as quartas, a Seleção Brasileira enfrentará a Croácia ou o Japão em 9 de dezembro, uma sexta-feira, às 16h. Se tiver êxito mais uma vez e alcançar as semis, a partida ocorrerá numa terça-feira, 13 de dezembro, também às 16h. A final será num domingo, 18 de dezembro, ao 12h.
Abaixo, veja os destaques da Coreia do Sul e de possíveis adversários:
Holanda: pode ser adversário na semi
A Holanda – ou seria Países Baixos? – passou em primeiro no grupo A, mas ainda não convenceu. A vitória por 2 a 0 sobre Senegal veio só nos minutos finais, o Equador jogou melhor no empate em 1 a 1 e o êxito por 2 a 0 sobre o Catar mostrou a seleção jogando o básico para vencer e avançar em primeiro.
Que não se subestime o potencial dos holandeses, porém. O jovem meia Cody Gakpo é um dos artilheiros da Copa, com três gols distribuídos igualmente entre os três jogos da primeira fase, o bom desempenho de Frankie de Jong no Catar é notável e o goleiro Andries Noppert tem salvado a Holanda com defesas difíceis.
- Como a Holanda joga (3-5-2): Andries Noppert; Nathan Aké, Virgil van Dijk e Jurrien Timber; Daley Blind, Davy Klaassen, Frankie de Jong, Marten de Roon e Denzel Dumfries; Memphis Depay e Cody Gakpo.
Estados Unidos: podem ser adversários na semi
A participação a seleção dos EUA tem sido positiva. Na fase de grupos, os americanos empataram em 0 a 0 com a Inglaterra mostrando um bom desempenho contra os europeus, ficaram no 1 a 1 contra o País de Gales e venceram o Irã por 1 a 0 em uma partida carregada por tensões políticas.
Time intenso e jovem, os Estados Unidos contam com Christian Pulisic abraçando a responsabilidade de ser o craque da equipe. Resta resolver o problema do centroavante: Josh Sargent ainda não conveçou como o “camisa 9” dos americanos. Uma classificação frente à Holanda, porém, não seria de todo surpreendente.
- Como os EUA jogam (4-3-3): Matt Turner; Antonee Robinson, Tim Ream, Walker Zimmerman e Sergiño Dest; Yunus Musah, Weston McKennie e Tyler Adams; Christian Pulisic, Josh Sargent e Timothy Weah.
Argentina: pode ser adversário na semi
Se a derrota na estreia para a Arábia Saudita tirou os argentinos do pedestal do favoritismo, a vitória incontestável sobre uma Polônia que se quer conseguiu chutar ao gol mostraram que a Argentina ainda está viva na Copa do Mundo.
Contra os poloneses, Lionel Messi pode ter perdido um pênalti, mas foi ele quem conduziu os sulamericanos para a vitória. Alexis MacAllister e Enzo Fernández entraram bem na equipe titular, e Rodrigo de Paul, enfim, parece ter resolvido mostrar todo o futebol que sabe.
- Como a Argentina joga (4-3-3): Emiliano Martínez; Marcos Acuña, Nicolás Otamendi, Cristián Romero, Nahuel Molina; Rodrigo de Paul, Enzo Fernández, Alexis Mac Allister; Ángel Di María, Julián Álvarez, Lionel Messi.
Austrália: pode ser adversário na semi
Seu nome é Harry, joga como zagueiro em um time da Inglaterra, é titular de sua seleção e tem mais de 1,90 m de altura, o que por vezes pode fazê-lo parecer desajeitado. Harry Maguire? Não: Harry Souttar. Diferente do xará, o australiano é só elogios, com atuações defensivas precisas na Copa e sendo o destaque da equipe.
Os australianos surpreenderam ao avançarem pelo grupo C à frente da Tunísia e da Dinamarca – com duas vitórias por 1 a 0 sobre ambas -, mas atrás da França – para quem perderam por 4 a 1 na primeira rodada. As oitavas paracem ser o limite para eles, ainda mais enfrentando uma Argentina revigorada. A zebra, porém, está solta.
- Como a Austrália joga (4-4-2): Mathew Ryan; Aziz Behich, Kye Rowles, Harry Souttar e Milos Degenek; Craig Goodwin, Mathew Leckie, Jackson Irvine e Aaron Mooy; Mitchell Duke e Riley McMcGree.
Japão: pode ser adversário nas quartas
A primeira vítima foi a Alemanha. A segunda, a Espanha. As duas caíram pelo mesmo placar – de 2 a 1 – e para o mesmo adversário: o Japão, que surpreendentemente avançou em primeiro no grupo E.
Nas duas vitórias, o Japão deixou a bola mais com o adversário, abusou de contra-ataques velozes, teve a entrada de reservas decisivos no segundo tempo – Ritsu Doan e Kaoru Mitoma, sobretudo – para virar partidas, pressionou pelo segundo gol logo após fazer o primeiro e contou com o goleiro Shuichi Gonda em desempenho inspirador.
- Como o Japão joga (3-4-3): Shuichi Gonda; Shogo Taniguchi, Maya Yoshida e Ko Itakura; Yuto Nagatomo, Hidemasa Morita, Ao Tanaka e Junya Ito; Daizen Maeda, Takefusa Kubo e Daichi Kamada.
Croácia: pode ser adversário nas quartas
No papel, os croatas tem o melho trio de meio-campo da Copa, com Mateo Kovacic, Marcelo Brozovic e o estrelado Luka Modric, que ainda tem desfilado um futebol de primeira pela seleção.
É uma Croácia que, no ciclo rumo ao Catar, tem mostrado que a ida até a final em 2018 não foi um mero acaso. Contra o Japão, os quadriculados são favoritos – mas é numa dessas que os asiáticos podem aprontar novamente.
- Como a Croácia joga (4-3-3): Dominik Livakovic; Borna Sosa, Josko Gvardiol, Dejan Lovren e Josip Juranovic; Mateo Kovacic, Luka Modric e Marcelo Brozovic; Ivan Perisic, Andrej Kramaric e Marko Livaja.
Coreia do Sul: é o adversário nas oitavas
Se quiser chegar até a final, a Seleção Brasileira vai ter que, primeiramente, medir forças contra a Coreia do Sul, que, ao lado da Austrália, é uma das seleções mais fracas da chave.
O simpático Son Heung-min, parceiro de Richarlison no Tottenham, é o destaque do time. A dupla de zagueiros, com Kim Min-jae e Kim Young-gwon, é forte. No grupo H, empataram sem gols com o Uruguai, perderam de 3 a 2 para Gana e venceram os reservas de Portugal por 2 a 1.
- Como a Coreia do Sul joga (4-4-2): Kim Seung-gyu; Kim Jin-su, Kim Young-gwon, Kim Min-jae e Kim Moon-hwan; Lee Jae-sung, Hwang In-beom e Jung Woo-young; Son Heung-min, Cho Gue-sung e Lee kang-In.