Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Fifa cria sistema para jogadores não lerem mensagens ofensivas após jogos

    Sistema será utilizado na Copa do Mundo no Catar e denunciará comentários abusivos, discriminatórios e ameaçadores às redes sociais e às autoridades legais, segundo a Fifa

    Peter Hallda Reuters

    A Fifa anunciou nesta quarta-feira (16) a criação de um sistema para reprimir discursos de ódio e descriminatórios contra jogadores convocados para a Copa do Mundo deste ano, no Catar.

    O Serviço de Proteção de Mídia Social impedirá que os jogadores vejam mensagens abusivas quando logarem em seus celulares nos vestiários minutos após as partidas.

    A Fifa monitorará as contas em redes sociais de todos os participantes da Copa do Mundo, verificando se há comentários abusivos, discriminatórios e ameaçadores e, em seguida, denunciando-os às plataformas e às autoridades legais.

    “A Fifa está empenhada em oferecer as melhores condições possíveis para que os jogadores deem o melhor de suas habilidades”, disse o presidente da Fifa, Gianni Infantino.

    “Na Copa do Mundo, estamos felizes em lançar um serviço que ajudará a proteger os jogadores dos efeitos prejudiciais que as postagens nas redes sociais podem causar à sua saúde mental e bem-estar”, afirmou.

    Equipes, jogadores e outros participantes do torneio também poderão optar por um serviço de moderação que ocultará instantaneamente comentários abusivos e ofensivos no Facebook, Instagram e YouTube, impedindo que sejam vistos pelo destinatário e seus seguidores.

    Um relatório publicado pela Fifa este ano revelou que mais da metade dos jogadores que atuaram na Eurocopa e no Campeonato Africano de Nações do ano passado foram submetidos a comentários ofensivos online.

    O meia-atacante Willian, ex-Corinthians e atualmente no Fulham, da Inglaterra, está apoiando a campanha. “Estive no Brasil há um ano e eu estava sofrendo muito, minha família também estava sofrendo muito, porque as pessoas começaram a nos atacar nas redes sociais”, afirmou.

    “É por isso que estou agora com a Fifa, para ver se é possível parar esse tipo de coisa que me deixa, às vezes, triste”, acrescentou.