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    É frustrante que a Copa do Mundo vá acontecer em país LGBTfóbico, diz ativista

    À CNN Rádio, Ricardo Prata Filho, que é doutorando em relações internacionais, lamentou que ainda existam nações que têm leis que tentam banir ou criminalizar a comunidade

    Amanda Garciada CNNRafael CâmaraLetícia BritoCarol Raciunas

    Em entrevista à CNN Rádio, no No Plural +, o ativista e doutorando relações internacionais, Ricardo Prata Filho, lamentou que nos tempos de hoje ainda existam países com leis LGBTfóbicas.

    Entre eles, está o Catar, que será sede da Copa do Mundo, principal competição do futebol, em novembro deste ano.

    “É frustrante para quem é ativista que um evento do porte da Copa vai acontecer em um país com leis contra a comunidade LGBTQIA+, mas não surpreende”, disse.

    O ativista destaca que isso torna a experiência no Catar “insegura para atletas e para o público que vai viajar para assistir os jogos.”

    “Essas organizações de grandes eventos, como da Copa e da Olimpíada, procuram países com infraestrutura e capital, e não necessariamente direitos humanos”, completou.

    O Irã também é um exemplo de país com leis LGBTfóbicas.

    Em 5 de setembro, duas mulheres lésbicas e militantes LGBTQ foram condenadas à morte em território iraniano.

    Elas foram acusadas de promover a homossexualidade e o que a justiça iraniana declarou como “corrupção na terra”, que é considerada a acusação mais grave do código penal local.

    Nesta semana, a União Europeia e outras ONGs condenaram o que aconteceu.

    “É importante que o ocidente e a ONU se posicionem contra esse tipo de legislação, mas há nuances históricas que precisam ser consideradas, há responsabilização desse mesmo Ocidente, que outrora sustentou essas leis.”

    Ao mesmo tempo, Ricardo reforça que “é um erro” confundir islamismo com práticas LGBTfóbicas.

    “Há partes do islã que, sim, defendem posições preconceituosas, mas não se pode generalizar países dessa região, existe resistência, apesar de pouca, e pessoas que não necessariamente defendem esse tipo de posição”.