Com gol de Vinícius Júnior, Real Madrid vence Liverpool e conquista Champions League
Brasileiro fez o gol da vitória por 1 a 0 em final marcada por espetacular atuação de Courtois
O Real Madrid conquistou o seu 14º título de Champions League neste sábado (28), ao bater o Liverpool por 1 a 0 no Stade de France, em Paris.
E o brasileiro Vinícius Júnior sacramentou a sua subida de status ao ser decisivo no jogo mais importante de clubes da temporada.
Na final da Liga dos Campeões da Europa, o atacante marcou o gol do título do Real Madrid, definindo a vitória por 1 a 0 sobre o Liverpool, na partida disputada na capital francesa.
A vitória assegurou o 14º título da Liga dos Campeões do Real Madrid, o maior vencedor do torneio, com as outras taças tendo sido conquistadas em 1956, 1957, 1958, 1959, 1960, 1966, 1998, 2000, 2002, 2014, 2016, 2017 e 2018.
Foi, aliás, em 2018, que Vinícius Júnior chegou ao Real Madrid, contratado junto ao Flamengo. Desde então, foi evoluindo, até se tornar titular absoluto sob o comando de Carlo Ancelotti e parceiro ideal do centroavante francês Karim Benzema, principal líder da equipe.
E “aprendeu” a fazer gols. Afinal, marcou 22 gols na temporada, após anotar 15 nas três anteriores. O último deles, neste sábado, sem dúvida o mais importante da sua carreira, por dar mais um título europeu ao Real Madrid, em uma final vista como tira-teima, pois os times haviam se enfrentado em outras duas decisões do torneio, com o time inglês sendo campeão em 1981 e levando o troco em 2018.
Na sua vitoriosa trajetória nesta edição da Liga dos Campeões, o time, após somar 15 pontos em 18 possíveis no seu grupo, precisou de viradas históricas para chegar até a final.
O Real Madrid eliminou, primeiro, o Paris Saint-Germain, depois passando por Chelsea e Manchester City em duelos definidos na prorrogação. Nesta temporada, o time também foi campeão espanhol e da Supercopa da Espanha, parando nas quartas de final da Copa do Rei.
Se Vinícius Júnior foi decisivo na final, o Real Madrid ainda teve outros heróis. Benzema, mesmo apagado na decisão, foi o artilheiro da Liga dos Campeões, com 15 gols marcados.
E Courtois teve atuação espetacular, com uma sequência impressionante de defesas difíceis para segurar o Liverpool, até então brilhante na competição.
Não à toa, foi eleito o melhor jogador da final. Além disso, Ancelotti se tornou o primeiro técnico a ganhar quatro vezes a Liga dos Campeões.
Na caminhada até a decisão, o time inglês teve campanha perfeita na fase de grupos, com 6 vitórias. Depois, no mata-mata, passou, em ordem, por Inter de Milão, Benfica e Villarreal.
No cenário local, foi campeão da Copa da Inglaterra e da Copa da Liga Inglesa nesta temporada, sendo vice no Campeonato Inglês. Mas acabou amargando a derrota em dia de Courtois e Vinícius Júnior decisivos.
Início adiado
Em função de problemas na entrada dos torcedores no Stade de France, especialmente nos setores destinados aos fãs do Liverpool, a partida começou 36 minutos depois do horário previsto.
Foram registradas invasões do estádio por pessoas sem ingresso, mas também muita dificuldade para acessá-lo por aqueles que possuíam as entradas.
O Stade de France, aliás, não seria o palco da decisão da Liga dos Campeões. Porém, pelo terceiro ano seguido, o local do jogo acabou sendo alterado.
Mas se nas outras duas vezes isso se deu pela pandemia do coronavírus, dessa vez o motivo foi a guerra. Marcado inicialmente para São Petersburgo, o duelo foi retirado da Rússia em função do conflito na Ucrânia.
E esta foi a terceira vez que o Stade de France recebeu uma final da Liga dos Campeões. O Real Madrid ficou com a taça em 2000, diante do Valencia, enquanto o Barcelona foi campeão em cima do Arsenal em 2006. Agora, então, a equipe madrilenha voltou a celebrar uma conquista na casa da seleção francesa.
Os times
Aqueles que conseguiram acessar o Stade de France viram os times iniciarem a decisão sem grandes surpresas em suas escalações.
O Liverpool contou com seus dois meio-campistas que recuperaram de lesões, Fabinho, que não atuava desde 10 de maio, e Thiago Alcântara, que se machucou na rodada final do Campeonato Inglês. E o técnico Jürgen Klopp optou por deixar Roberto Firmino no banco de reservas.
No Real Madrid, Ancelotti teve o retorno do austríaco Alaba, que não atuava desde 26 de abril, e deixou Rodrygo, herói da classificação à final no banco, optando por Valverde.
E com o trio Eder Militão, Casemiro e Vinícius Júnior escalado diante de Alisson e Fabinho, o Brasil foi a nacionalidade com mais jogadores usados na decisão europeia.
1º tempo: Liverpool domina, mas leva susto no fim
Com essas formações, o Liverpool foi dominante no primeiro tempo, especialmente na sua metade inicial. Intenso, o time inglês forçou o Real Madrid a se fechar no campo de defesa e ocupou o campo ofensivo.
Além disso, quando não tinha a posse de bola, freava rapidamente as tentativas de contra-ataque da equipe espanhola, que quase sempre buscavam a velocidade de Vinícius Júnior.
O controle rendeu ao menos três chances de gol ao Liverpool. Aos 16 minutos, após Alexander-Arnold cortar dois marcadores dentro da área e acionar Salah, a finalização do egípcio parou em Courtois.
Aos 19, foi a vez de Salah ajeitar para Alexander-Arnold, que bateu por cima do gol. E a melhor oportunidade veio aos 20 minutos, em disparo de Mané. Courtois tocou na bola e ainda viu ela bater na trave, para sorte do Real Madrid.
O time espanhol só conseguiu sair do sufoco na segunda parte do primeiro tempo, quando teve um pouco mais de posse de bola. Ainda assim, quase foi vazado aos 41, após cobrança de escanteio, com Henderson ficando com o rebote e chutando para fora.
Quase nos acréscimos, porém, o Real Madrid chegou a marcar, com Benzema. Mas o gol foi anulado por impedimento, após demorada revisão para o VAR. Serviu, no entanto, para mostrar que a equipe estava viva na decisão.
2º tempo: Vinícius Júnior marca e Courtois assegura título
Mas o Liverpool continuou sendo presença constante no campo de ataque na etapa final, tanto que teve chance logo no segundo minuto, quando Luis Díaz desviou apenas de leve um bom cruzamento de Alexander-Arnold.
E a falta de eficiência do time inglês custou caro. Aos 14 minutos, Valverde avançou em contra-ataque e bateu cruzado, com Vinícius Júnior aparecendo na segunda trave para empurrar a bola às redes.
A partir daí, a pressão do Liverpool se intensificou, assim como a excelente atuação de Courtois. O goleiro evitou o gol de Salah aos 19, em chute cruzado, e aos 24, quando egípcio recebeu passe de cabeça de Henderson e o belga fechou a meta do Real Madrid.
Klopp, então, foi fazendo alterações para tornar o Liverpool mais ofensivo, o que incluiu a entrada do brasileiro Roberto Firmino. Se movimentando bem, ele ajeitou para Salah, aos 35, bater da entrada da área e parar novamente em Courtois.
O goleiro também frustrou o atacante egípcio com defesa espetacular aos 38, em finalização cara a cara com o belga. E, assim, com Courtois se agigantando, o Real Madrid assegurou pela 14ª vez o título da Liga dos Campeões.