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    Chama olímpica dos Jogos de Inverno de Pequim é acesa em meio a protestos

    Autoridades chinesas são acusadas de promover o trabalho forçado, detendo cerca de um milhão de uigures e outras minorias

    Karolos Grohmannda Reuters

    Ativistas dos direitos humanos protestaram enquanto a chama Olímpica dos Jogos de Inverno de Pequim 2022 foi acesa em Olímpia, na Grécia, nesta segunda-feira (18), pouco mais de 100 dias antes do início dos Jogos, em fevereiro.

    Duas mulheres e um homem entraram no local do antigo estádio e templo grego, onde a chama olímpica é tradicionalmente acesa. A polícia havia interditado o local dias antes da cerimônia.

    Os ativistas desenrolaram uma faixa com os dizeres “No Genocide Games” e uma bandeira tibetana segundos depois que a tocha foi acesa. Eles gritaram palavras de ordem enquanto as autoridades presentes estavam no local.

    A cerimônia em si, também assistida pela presidente grega Katerina Sakellaropoulou, não foi interrompida e os três ativistas foram conduzidos pela polícia.

    Jogos de Inverno em Pequim

    A capital chinesa se tornará a primeira cidade a sediar os Jogos de Inverno e de Verão. Os Jogos de Inverno vão de 4 a 20 de fevereiro.

    Outros quatro manifestantes foram detidos do lado de fora do estádio uma hora antes da cerimônia e levados para uma delegacia de polícia local, enquanto outros dois foram presos em Atenas neste domingo (17) após protestarem no monumento da Acrópole.

    Grupos de direitos humanos e legisladores dos Estados Unidos pediram ao Comitê Olímpico Internacional (COI) para adiar os Jogos e realocar o evento, a menos que a China acabe com o que os Estados Unidos consideram genocídio contínuo contra uigures e outros grupos minoritários muçulmanos.

    As autoridades chinesas foram acusadas de facilitar o trabalho forçado, detendo cerca de um milhão de uigures e outras minorias principalmente muçulmanas em campos desde 2016.

    A China nega qualquer irregularidade, dizendo que montou centros de treinamento vocacional para combater o extremismo.

    “Os Jogos Olímpicos não podem enfrentar todos os desafios do nosso mundo”, disse o presidente do COI, Thomas Bach, em seu discurso dentro do antigo estádio antes do protesto.

    “Mas eles dão o exemplo de um mundo onde todos respeitam as mesmas regras e uns aos outros. Eles nos inspiram a resolver problemas com amizade e solidariedade”.

    Foi a segunda vez, depois dos Jogos de Pequim de 2008, que a cerimônia de acendimento da tocha foi interrompida por protestos de ativistas dos direitos humanos.

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