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    Jogadores pedem por paralisação do Campeonato Brasileiro após tragédia no RS

    Tempestades deixaram o estado em situação de calamidade pública com transbordamento de rios, alagamento de cidades e destruição de rodovias

    Ana Luiza Pereirada Itatiaia

    Após as diretorias de Internacional, Grêmio e Juventude pedirem à CBF (Confederação Brasileira de Futebol) pela interrupção de todo o Campeonato Brasileiro, atletas de clubes gaúchos também fazem a mesma solicitação em desabafos nas redes sociais. Enquanto o Rio Grande do Sul lida com a maior tragédia da sua história, a entidade avalia adiar a rodada e migrar as equipes para outro estado.

    Em seu Instagram, o goleiro Marchesin, do Grêmio, lamentou a sequência das atividades no futebol “como se nada estivesse acontecendo”.

    “Sei que muitos clubes estão se mobilizando e enviando doações para os afetados pelas enchentes, mas acredito que a entidade máxima do futebol no Brasil, deveria entender que o momento é de foco total em salvar vidas e abrigar as famílias”, escreveu o atleta.

    Desabafo do goleiro Agustín Marchesin nas redes sociais
    Desabafo do goleiro Agustín Marchesin nas redes sociais / Reprodução / Instagram

    O goleiro Thierry atua pelo Brasil de Pelotas na Série D do Brasileirão. Ele é mais um dos jogadores que comentaram sobre a tragédia que assola o estado e defendeu a paralisação do maior torneio nacional.

    “Eu sou totalmente a favor da paralisação. Não por causa do que aconteceu com minha família, mas porque tem muita gente que precisa de ajuda. Só quem está aqui e está vivenciando sabe o que está acontecendo. É muito triste. O Rio Grande do Sul precisa de ajuda. A gente que é gaúcho, que ama nosso estado, estamos sofrendo bastante”, disse em entrevista à Rádio Clube News.

    Tragédia no Rio Grande do Sul

    O Rio Grande do Sul vive em calamidade pública desde a última segunda-feira (29), quando iniciaram-se os temporais que culminaram em enchentes que tomaram diversas cidades gaúchas e vitimaram milhares de pessoas.

    Nesta terça-feira, de acordo com informações da Defesa Civil, o número de óbitos no estado subiu para 90. Quatro estão em investigação e, até o momento, 361 pessoas ficaram feridas.

    O governo ainda investiga se as quatro pessoas morreram em ocorrências relacionadas à chuva. Ainda há 132 pessoas desaparecidas em todo o estado. Ao todo, 1.367.506 pessoas foram afetadas, 48.147 estão em abrigos e 155.741 estão desalojados nos 388 municípios atingidos pela chuva.

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